Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Tribuna Livre

Tribuna Livre

Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Transfusão sanguínea veterinária

Leia a coluna desta sexta-feira (06)

Polyana Paixão | 06/12/2024, 18:40 h | Atualizado em 06/12/2024, 18:46

Imagem ilustrativa da imagem Transfusão sanguínea veterinária
Polyana Paixão é médica veterinária especializada em gatos, graduada pela UVV e pós-graduada em Oncologia Felina pelo Instituto Qualittas

A doação de sangue é um ato de generosidade que salva vidas. Mas essa prática não se limita apenas aos humanos. No universo veterinário, ela também desempenha papel fundamental, especialmente em situações críticas que envolvem animais. Apesar de sua importância, a prática ainda é pouco conhecida, e muitos tutores desconhecem como funciona e o quanto é simples contribuir.

Assim como ocorre com as pessoas, a transfusão sanguínea é indispensável para tratar emergências e doenças crônicas em pets, particularmente em gatos, que são mais vulneráveis a determinadas condições.

Os felinos, conhecidos por ocultarem sinais de dor ou desconforto como estratégia de sobrevivência, podem apresentar sintomas apenas em estágios avançados de algumas doenças, o que torna a transfusão ainda mais crucial nesses casos.

Gatos com anemia aguda, como os que possuem leucemia felina (FeLV) ou imunodeficiência felina (FIV), frequentemente necessitam de bolsas de sangue para sobreviver.

Além disso, doenças renais, muito comum nessa espécie, também podem demandar esse tipo de intervenção para estabilizar a saúde do animal.

Não há nenhum medicamento ou substância capaz de substituir o sangue. Quando necessário, apenas a transfusão pode oferecer as hemácias que o corpo do animal precisa para transportar oxigênio aos tecidos e manter suas funções vitais.

Por isso, o ato de doar faz toda a diferença. Quem já enfrentou a angústia de procurar um doador compatível para seu pet sabe o quanto essa ajuda é essencial, especialmente em períodos como o fim do ano, quando os bancos de sangue veterinários ficam mais carentes devido à redução de voluntários. Um único gato doador pode salvar várias vidas.

Além do impacto positivo, há a satisfação única de saber que seu animal ajudou a salvar outro. É um gesto simples, mas de impacto profundo.

O processo é semelhante ao dos humanos, mas adaptado ao organismo felino. O gato doador precisa atender a alguns critérios, como ter pelo menos um ano de idade, pesar mais de 4,5 kg, ser saudável, vacinado, vermifugado e testado para doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue, como FeLV e FIV. Fêmeas gestantes ou lactantes não podem participar.

Antes de cada doação, o gato passa por um check-up gratuito com hemograma, exames bioquímicos e testes de compatibilidade, garantindo a segurança do doador e do receptor. Além de contribuir para salvar vidas, os exames gratuitos permitem ao tutor avaliar a saúde geral do seu gato, identificando possíveis comorbidades de forma precoce e sem custo.

A transfusão é realizada de forma segura e acompanhada integralmente por uma equipe veterinária, que monitora a temperatura, a pressão arterial e as frequências cardíaca e respiratória do animal. Considere essa possibilidade! Procure um banco de sangue veterinário ou o Centro de Apoio ao Animal em sua cidade e faça a diferença. Quem sabe, amanhã, seu pet não se torne o herói de outro bichinho?

MATÉRIAS RELACIONADAS:

SUGERIMOS PARA VOCÊ: