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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Trabalho para levar alívio e ausência da dor para o paciente

| 21/10/2020, 07:58 07:58 h | Atualizado em 21/10/2020, 08:17

Passar por um procedimento cirúrgico pode ser bastante preocupante para muitas pessoas. A ideia de estar em uma mesa de cirurgia, vulnerável à equipe médica e às complicações que, porventura, possam acontecer, pode fazer com que o paciente fique apreensivo. Um dos fatores que mais intriga e por vezes assusta é a anestesia.

Pelo desconhecimento ou dúvida, é comum que advenha o medo. Muitos pensam: “será que vou voltar de uma anestesia geral?” ou “vou sentir dor durante a operação e ninguém vai perceber?”.

Para aliviar essas preocupações do paciente, entra em ação o nosso trabalho: o médico anestesiologista, profissional que proporciona alívio e garante a ausência da dor. O anestesiologista é o médico que acompanha o paciente desde o pré-operatório até a sua recuperação, fazendo o papel de anjo da guarda daquele que está em uma mesa cirúrgica.

Somos nós que acompanhamos todo o procedimento, mesmo antes de entrarmos no centro cirúrgico. Em cirurgias previamente marcadas e planejadas, é obrigatória a consulta pré-anestésica.

Nesse encontro, anestesiologista e paciente estreitam as relações. O profissional checa o histórico de saúde de quem será operado, e quais medicamentos serão os mais adequados para manter a analgesia do paciente.

Já no centro cirúrgico, o anestesiologista tem a missão de monitorar as funções vitais, batimentos cardíacos, pressão, pulso, respiração, temperatura corporal e outros elementos que forem necessários.

Além disso, ele é o profissional conhecido por “abrir e fechar o centro cirúrgico”. Nós fazemos o checklist antes da operação, como se fosse o procedimento para a decolagem de um avião.

Equipamentos e medicações precisam estar em ordem para que o vôo siga da forma mais tranquila possível. Durante a pandemia da Covid-19, o trabalho do anestesiologista passou a ser mais proeminente nas UTIs. São esses profissionais que fazem parte da equipe de primeira resposta a pacientes graves.

Ao lado de outros colegas altamente treinados e capacitados, fazemos o auxílio respiratório no paciente, que é a intubação aéreo traqueal. O procedimento é indispensável para proporcionar conforto ao paciente, que recebe sedação.

Neste mês comemoramos o nosso dia. O dia 16 de outubro marcou o primeiro registro de uma cirurgia com anestesia geral no ano de 1846, na extração de um tumor em um jovem nos Estados Unidos. A sedação foi feita com éter.

No Brasil, a primeira anestesia geral com éter foi realizada em 25 de maio de 1847, no Hospital Militar do Rio de Janeiro pelo médico Roberto Jorge Haddock Lobo. Hoje, quase 175 anos depois, as tecnologias para sedação do paciente são variadas e individualizadas.

E, para muito além da técnica, zelamos pela confiança, dando ao paciente a tranquilidade que ele precisa para um bom procedimento e boa recuperação.


Wellington Pioto é anestesiologista e presidente da Sociedade de Anestesiologia do Estado.

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