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Leitores do Jornal A Tribuna

Trabalho digno e ganho coletivo são viáveis com cooperativismo

Artigo publicado no jornal A Tribuna deste sábado

Carlos André Santos de Oliveira | 29/04/2023, 12:04 12:04 h | Atualizado em 29/04/2023, 12:04

Imagem ilustrativa da imagem Trabalho digno e ganho coletivo são viáveis com cooperativismo
Carlos André Santos de Oliveira |  Foto: Divulgação

Muito mais que comemorar o Dia do Trabalhador, celebrado na próxima segunda-feira, é importante refletir sobre a situação atual do mercado de trabalho. O Brasil apresentou taxa de desemprego de 7,9% no trimestre de 2022, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda que tenha sido o menor índice registrado desde 2015, é preciso avaliar quais são as condições de trabalho da população e pensar em como expandir oportunidades que gerem mais dignidade e autonomia.

Em 1844, no auge da Revolução Industrial, um grupo de 28 trabalhadores tecelões da cidade de Rochdale, na periferia de Manchester, na Inglaterra, estava sofrendo com a fome e o desemprego. Decidiram, então, se unir para criar seu próprio armazém, o que ajudou na compra de uma quantidade maior de alimentos por um preço menor. Esse foi o início de uma das primeiras cooperativas modernas da história.

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Como nos primórdios, ainda hoje o cooperativismo continua sendo um facilitador e fonte de prosperidade para inúmeros trabalhadores das mais diversas áreas de atuação. 

No campo, por exemplo, os produtores rurais cooperados fortalecem a produção e a venda dos seus produtos por meio do apoio técnico e logístico das cooperativas das quais são associados. No crédito, os cooperados têm acesso a uma gama de serviços com o bônus de poderem participar da divisão de sobras anuais, o equivalente a lucros. 

Esses são apenas alguns exemplos entre tantos que contribuem com a solução de problemas em diferentes realidades e setores de produção. E cada vez mais, o cooperativismo se apresenta como uma alternativa aos modelos de negócio tradicionais, viabilizando a criação de empregos e negócios em que a produção de riquezas não se sobrepõe à dignidade e ao valor das pessoas. Isso acontece devido à forma como as cooperativas funcionam. 

Ao invés de estarem centradas em metas de lucro, as cooperativas têm como propósito gerar benefícios para todos que dela participam. Os excedentes são sempre revertidos em benefícios dos próprios cooperados ou colaboradores, de modo que todos saem ganhando. A mesma lógica se aplica à gestão das cooperativas. 

As decisões são tomadas de forma democrática, em assembleias, e as lideranças são eleitas pelos próprios cooperados ou colaboradores. Isso é uma forma revolucionária de empreender, baseada na ética, na colaboração e no crescimento coletivo.

Por muito tempo o cooperativismo foi a solução encontrada para superar dificuldades econômicas e sociais profundas. Hoje a realidade pode ser bem diferente, mas o modelo de negócio continua sendo um excelente caminho para a construção de futuro com mais e melhores oportunidades de trabalho para a população do País.

CARLOS ANDRÉ SANTOS DE OLIVEIRA  é diretor-executivo do Sistema OCB/ES e vice-presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/ES

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