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Leitores do Jornal A Tribuna

Santíssima Trindade

Coluna foi publicada nesta segunda-feira (27)

Padre Ernesto Ascione | 27/05/2024, 12:03 12:03 h | Atualizado em 27/05/2024, 12:04

Imagem ilustrativa da imagem Santíssima Trindade
Santíssima Trindade |  Foto: © Divulgação/Canva

“Em Deus, fundados; em Cristo, regenerados; no Espírito Santo, santificados” (Santo Irineu de Lyon). Paulo, no Areópago de Atenas, proclamou: “Nele vivemos, nos movemos e existimos”. O “Símbolo da fé”, o Credo niceno-costantiopolitano resume a revelação bíblica: “Deus é o princípio, o fundamento, o centro e o fim da vida humana: conhecê-lo e aprofundá-lo é descobrir a graça do nosso santo batismo, que nos fez filhos de Deus, irmãos de Jesus Cristo, membros de seu Corpo, a Igreja, e templos do Espírito Santo”. “O mundo poderá mudar – diz Papa Francisco – somente se mudarmos a nós mesmos”.

A única religião, que conseguiu penetrar na identidade e no coração de Deus, é a religião cristã. No Prólogo de seu Evangelho, de fato, São João diz: “Ninguém jamais viu a Deus; o Filho único que está no seio do Pai, Ele no-Lo deu a conhecer”. Adorar o verdadeiro Deus, conforme a revelação de Jesus Cristo, é a única e verdadeira grandeza e felicidade do homem; servir aos ídolos (falsas divindades), fazendo deles – do ter, poder e saber – o absoluto de nossas vidas, é sofrer a mais profunda desilusão, frustração e alienação. Deus, a quem o serve, doa liberdade e plenitude de vida; ídolos, escravidão e humilhação.

O esplendor do Deus-Trindade – o sol, que ilumina a vida do homem – é tão fulgurante, que seria difícil encará-Lo de frente: a irradiação de sua luz e de seu brilho ofuscariam o nosso olhar. Por isso, a revelação bíblica, ao falar dele, o faz de modo gradual e por imagens. Jesus, o próprio Filho de Deus, revelou que todo ser humano é fruto do amor do Pai; é elevado a filho pelo Verbo Eterno; é santificado pelo Espírito Santo. Impressiona o fato: Deus quis imprimir Seu semblante no rosto de cada ser humano, sobretudo, naquele mais desfigurado e marginalizado.

A palavra “mistério” vem do verbo grego “myo”, que quer dizer: ficar tranquilo, calar a boca, silenciar-se. Deus não é um problema a ser explicado, mas, Alguém para ser amado e contemplado. O Mistério não é tanto para ser compreendido e analisado, quanto para ser vivido e saboreado. Deus não é um ser autossuficiente, fechado em si mesmo: “Deus é amor” – diz São João – um amor, que transborda na obra da sua Criação, Revelação e Redenção e nos chama a sair de nós mesmos e a aderir à sua lógica, de solidariedade e doação.

“A caridade – diz Papa Francisco – é o amor que desce, não aquele que sobe; é o amor, que doa, não o que toma; é o amor, que se esconde, e não o que busca aparecer. O amor é divino, pois tem sua origem em Deus; é Ele, que deve ser por primeiro amado e adorado e reflexo deste amor é o próximo: Deus nos manda amar o próximo com o seu mesmo impulso de amor”. Nossa vocação se resume, assim, em amar: adorar a Deus, acima e antes de todas as coisas, e servi-Lo em cada próximo e ser instrumentos de paz, em nossa sociedade, difundindo, ao nosso redor, a alegria de sua presença e de seu amor.

Imagem ilustrativa da imagem Santíssima Trindade
Padre Ernesto Ascione é missionário comboniano |  Foto: Divulgação

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