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Quem somos nós os capixabas hoje

Coluna foi publicada nesta quarta-feira (05)

Manoel Goes Neto | 05/06/2024, 12:42 12:42 h | Atualizado em 05/06/2024, 12:42

O Espírito Santo é um verdadeiro caldeirão de diversidade cultural. A rica combinação é resultado da mistura dos costumes e das tradições dos povos originários, ancestralidades africanas e dos muitos imigrantes (italianos, alemães, pomeranos, libaneses, orientais, dentre outros, que fixaram residência no Estado.

Essa diversidade será apresentada, na próxima edição da Feira Capixaba dos Municípios, com o tema “Origens Capixabas” no Pavilhão de Carapina, de amanhã até o dia 9, por todos os municípios do nosso Estado, com muita história, arte, cultura, gastronomia e música. Destaco a Região Metropolitana que irá proporcionar a todos os visitantes uma verdadeira imersão no universo dos nossos primeiros habitantes, capixabas puros, nosso povo originário, nossos grupos indígenas.

Nós capixabas temos que conhecer e entender a nossa história, nossos mitos, símbolos, ritos, crenças - a cosmovisão capixaba, por assim dizer. Devemos valorizar muito mais a nossa cultura popular, tão importante quanto a literatura, a arte plástica e a arquitetura. A identidade capixaba é resultante de um longo processo de construção histórica que ganhou força por volta de 1822, logo após a independência, tendo o maior impulso após os anos 1930. Nada muito diferente do restante do nosso Brasil.

É um grande equívoco afirmar que os capixabas não tem identidade, devido não haver homogeneidade da nossa cultura. As demais regiões do Brasil possuem suas características marcadas nas fisionomias, sotaques, culinária, músicas etc. Aqui em terras capixabas, no nosso Espírito Santo, na verdade, não temos essas características específicas tão marcantes. Mas temos peculiaridades que outros estados não têm: somos diversos na nossa formação étnica.

É sempre importante lembrar a teoria do historiador, mestre professor e amigo Adilson Vilaça, de que “se fôssemos ilustrar a identidade capixaba, eu ilustraria com uma bandeira branca, afinal branco é a junção de todas as cores”, afirma.

Também importante citar recente depoimento da mestra, primeira-dama da literatura capixaba professora Bernadette Lyra: “nós somos um mix gozoso como a moqueca misturada. Somos únicos de muitas identidades. Podemos adquirir as cores de muitas identidades, mas continuamos sendo nós, o coração capixaba.

Somos muitos grupos em um estado tão pequeno de muitas culturas e fortes culturas. Nosso coração muda de cor, muitos grupos culturais, somos os camaleões do mapa, podemos adquirir as cores de todas as identidades. A nossa força está na nossa diferença. A única igualdade está no respeito à diferença. Precisamos unir a multiplicidade mantendo as especificações, nesse estado tão pequeno, mas com uma única e rica cultura.

O caleidoscópio que forma a liga capixaba é, portanto, o convite para conhecer e descobrir quem somos hoje.

Imagem ilustrativa da imagem Quem somos nós os capixabas hoje
Manoel Goes Neto é escritor, produtor cultural e diretor no Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo (IHGES) |  Foto: Divulgação

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