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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

O hospício

Coluna foi publicada no domingo (07)

Pedro Valls Feu Rosa | 08/07/2024, 11:53 11:53 h | Atualizado em 08/07/2024, 11:53

Imagem ilustrativa da imagem O hospício
Pedro Valls Feu Rosa é desembargador do Tribunal de Justiça do Espírito Santo |  Foto: Divulgação

Dia desses li que lá no Reino Unido o serviço de emergência da polícia recebeu dada ligação de um desesperado cidadão relatando estar em dificuldades no banheiro por conta da falta de papel higiênico e pedindo a ajuda dos agentes da lei.

Ainda naquele país um elemento, perfeitamente sóbrio, telefonou para a polícia dizendo que tinha gasto todo o dinheiro no Natal, esquecendo-se de reservar algum para pagar o metrô – solicitou, pois, uma carona para casa.

Há também o caso da inglesa que procurou o serviço de emergência dizendo que o restaurante que entregava comida chinesa a domicílio não atendia suas chamadas - e assim pediu ajuda oficial para resolver o problema, pois estava com fome.

Um outro cidadão, incomodado com algum problema relacionado à energia elétrica em sua casa, optou pelos serviços policiais. O agente da lei, pacientemente, chegou até a fornecer o número da concessionária local – só para ouvir, em seguida, ser “inacreditável” que a polícia não lidasse com problemas elétricos.

Encerro a participação dos ingleses com a ligação do preocupado proprietário de um cachorro, relatando suspeitar que este estava com febre e solicitando a presença de uma equipe de paramédicos no local, munidos com um termômetro.

Enquanto isso, do outro lado do Oceano Atlântico, uma mulher de 45 anos foi presa em Fort Pierce, na Flórida (EUA), depois de chamar a polícia para dizer que havia “comido demais”.

Outro norte-americano procurou os serviços policiais para relatar ter sido enganado ao comprar cocaína – cobraram do dito cujo US$ 40 por 0,4 grama, um preço que ele entendeu ser absolutamente abusivo e desonesto.

Não menos curioso foi o chamado de um larápio que arrombou uma casa, instalou-se na banheira lá existente, relaxou bastante ao longo de um demorado banho e, ao final, pediu aos policiais que levassem para ele toalhas de banho e, se possível, alguns chocolates. Porém, os agentes da lei só levaram um par de algemas e nada mais.

E que dizer da ligação de uma mulher lá de Ohio, pedindo aos agentes da lei que lhe arrumassem um marido? Advertida de que o uso impróprio do serviço de emergência lhe renderia três dias de cadeia, ela insistiu para que os policiais providenciassem seu casamento – e aí acabou presa e continuou solteira.

De volta à Flórida: um marmanjo de 32 anos procurou os policiais para reclamar que sua mãe implicava com seu hábito de beber cerveja, tendo chegado ao ponto de tomar-lhe uma latinha das mãos. E foi exatamente pensando em beber que outro norte-americano telefonou para a polícia, buscando uma carona até algum bar. Conseguiu uma – porém, só até a cadeia local.

Ao norte dos EUA, no Canadá, o problema foi a falta do que fumar – uma mulher de Ontário acionou os serviços de emergência pedindo que agentes fossem a alguma loja comprar mais cigarros para ela.

Os casos que colecionei dariam um livro – mas paro aqui, por falta de espaço, com a reflexão de Molière: “E de todas é uma loucura sem par, este mundo querer-se endireitar”.

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