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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

O entardecer da vida é lindo

| 09/10/2020, 10:07 10:07 h | Atualizado em 09/10/2020, 10:10

O entardecer da vida é lindo

Tem muita gente brigando com o tempo, tentando viver uma juventude que ficou para trás faz tempo. Os rostos estão sendo desfigurados pelo acúmulo de botox, os sorrisos se perderam nessa corrida desenfreada por juventude.
Tudo me parece esforço inútil para conter duas coisas que não podem ser contidas: o tempo e o despertar da consciência.
Correr para o cirurgião plástico sempre que o espelho contraria a nossa expectativa não resolve, o passar do tempo é irreversível. Na escalada da evolução, nós precisamos passar por todas as estações – primavera (infância), verão (juventude), outono (maturidade) e inverno (velhice). Assim é na natureza, assim é entre todos os seres vivos de todos os mundos.
A lei da compensação divina é muito pouco conhecida entre nós, mas é tão certa quanto a lei de causa e efeito, da ação e reação. Não há perdas, a vida vai nos acrescentando coisas para compensar aquilo que equivocadamente julgamos ter perdido.
No momento em que a necessidade do sexo vai se diluindo, uma grande revolução espiritual começa a acontecer dentro de nós.
A vida ganha então um novo significado e a gente vai aprendendo a saborear as pequeninas coisas do dia a dia, aprendendo a dar valor ao que de fato tem valor, e assim o mundo da ilusão vai ficando para trás.
Isso acontece por volta dos 40 anos. Intuitivamente, todos percebem o fenômeno, mas a maioria, por preferir viver na ilusão, ignora as evidências e iniciam maratonas atrás da juventude.
Se não fosse algumas mídias falando toda hora que só a juventude representa a vida, a aceitação da realidade aconteceria naturalmente, as pessoas maduras não se rejeitariam tanto e o mundo caminharia com mais leveza, teria menos salões de beleza, menos cirurgiões plásticos, mais liberdade e mais felicidade reais.
E por que algumas pessoas travam verdadeiras batalhas contra o tempo? Porque associam velhice à morte e, como ignoram que existe vida após a morte, se desesperam. Não querem ficar velhas porque têm medo de desaparecer definitivamente, esse é o problema que a ignorância espiritual produz.

A velhice não é um problema a ser evitado, mas um acontecimento para ser celebrado. Consciência elevada significa libertação, tranquilidade, felicidade plena! Se amar e ser amado é a nossa maior necessidade, não há motivo para você se importar com o tempo, porque o amor é profundo e não se importa com o que acontece na superfície da vida.

A maturidade faz de nós pessoas mais corajosas, nos permite olhar a vida com menos ilusões, aceitar as adversidades com menos sofrimento, entender com mais tranquilidade e amar sem pressa. A maturidade, que só o tempo proporciona, instala em nós uma nova liberdade: a de parecer aquilo que somos de verdade, sem nenhum disfarce e nenhuma maquiagem.

Penso que o ser humano torna-se realmente bonito quando toda a afobação da juventude se foi e a pessoa transcende o mundo das experiências mundanas. Quando se tem o tempo como aliado, e não mais como um adversário, só então a vida começa a fluir e o viver se torna excepcional.

O mesmo mundo que inventou o descartável e cultua a forma tem oculto o desejo pela verdade e pela simplicidade. Importante mesmo é entender que cada dia traz um novo ganho, uma nova consciência, uma nova liberdade.

Jane Mary é jornalista, consultora de marketing, autora do livro “Tudo é perfeito do jeito que é”.

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