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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

O bem sempre triunfa!

Ainda que tardia, e malgrado os males que causou, finalmente a justiça se fez, pois o bem sempre triunfa

| 31/07/2022, 12:06 12:06 h | Atualizado em 31/07/2022, 12:08

Quem conhece o Espírito Santo das últimas décadas tem a percepção de que, tal como no Brasil, a insegurança pública ainda é um sério e grave problema a ser resolvido. Não se pode esquecer que a partir de 1970 se tentou implantar, à época do regime militar, nas polícias militares, o modelo operacional idêntico à SWAT. Essa atitude marcaria, até os dias atuais, o continuado formato tático-repressor, usado em plena democracia “ulissiana”.

Com a construção das grandes plantas industriais, a região da Grande Vitória foi atingida pela expansão de enormes bolsões de pobreza, o que Gilberto Freire chamou de “inchaço das cidades brasileiras”.

A periferização e as inexistentes condições de salubridade no espaço urbano acabaram por gerar toda sorte de efeitos sobre a desordem pública, explodindo a criminalidade.

Hermes Laranja, enquanto prefeito de Vitória, foi o primeiro a correlacionar insalubridade e ausência de dignidade da pessoa humana à insegurança pública, quando começou a transformação da região da Grande São Pedro, antes “o lugar de toda a pobreza”, em espaço em urbanização.

Chegando em 1998, o cenário de insegurança pública era catastrófico, agravado pelo abandono e pela desproteção, pelo falido Estado, do único equipamento ativo para o mínimo controle da criminalidade – as polícias Civil e Militar. 

Assim, em 1999, a inovação criativa despontou no horizonte. Como abrangente, holística e sistêmica política pública, o Programa de Planejamento de Ações de Segurança Pública (Propas) foi o momento disruptivo da ordem pública, após ser idealizado, sem remuneração extra, tampouco apartamentos à beira-mar e outras mordomias, por um culto time de executivos da polícia do Estado.

Demos fim à mesmice, em confundir segurança pública como algo meramente submetido à ação policial. Abrimos o espectro, expandimos a Polícia Interativa e o êxito logo se manifestou, nas inovações programáticas e, sobretudo, no estancamento da criminalidade em terras capixabas.

Inimaginavelmente, apenas quatro anos depois, tudo era desmanchado. Seres alienígenas e obscuros verdugos agiram para “fuzilar” moralmente os inventores do Propas, mas sucumbiram em seus devaneios e intentos. O mal não prevalece!

Oficiais da PM e do Corpo de Bombeiros Militar e um escrivão da Polícia Civil, que haviam atuado como professores e coordenadores de cursos na Ufes para policiais de todo o Brasil se viram, da noite para o dia, envolvidos, sem qualquer fundamento ou prova, em acusações de atos de improbidade administrativa. 

Demorou 18 anos para o pesadelo acabar, após sentença transitada em julgado na primeira instância da Justiça Federal. Foram absolvidos de forma incontestável os coronéis Edmilton Ribeiro de Aguiar Júnior, João Antônio da Costa Fernandes, Josette Baptista, Júlio Cezar Costa e Pedro Delfino, e o escrivão Pedro José Nunes. Ainda que tardia, e malgrado os males que causou, finalmente a justiça se fez, pois o bem sempre triunfa. 

JÚLIO CEZAR COSTA é coronel da Polícia Militar do Estado e idealizador da Polícia Comunitária-Interativa

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