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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

No trânsito, escolha a vida

Coluna foi publicada nesta quarta-feira (20)

Juliano Carlos de Morais | 20/09/2023, 10:06 h | Atualizado em 20/09/2023, 10:07

Imagem ilustrativa da imagem No trânsito, escolha a vida
Juliano Carlos de Morais é instrutor do Serviço Social do Transporte e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest/Senat) |  Foto: Acervo pessoal

A Semana Nacional do Trânsito é comemorada todos os anos entre os dias 18 e 25 de setembro, conforme disposto no Código de Trânsito Brasileiro. A proposta deste ano visa mostrar para a sociedade a importância do cuidado com a vida humana e tem como tema principal “No trânsito, escolha a vida”. Os sinistros de trânsito são uma das maiores causas de mortes em todo o mundo, os números são tão assustadores que podem ser comparados aos de uma guerra.

Na tentativa de amenizá-los, uma das soluções apontadas por especialistas da área refere-se à mudança de comportamento dos indivíduos, essa mudança, promovida pela educação no trânsito, possibilita a criação de uma nova cultura.

Portanto, a educação no trânsito, para dar conta desse caos, terá que ter planejamento, organização e contar com a participação de toda a sociedade, reafirmando assim o compromisso com a cidadania e a proteção à vida humana.

Para que haja uma verdadeira harmonia criada por meios dos bons hábitos e dos bons costumes no trânsito, é fundamental educar os cidadãos a vida toda, começando pela infância.

No Brasil, entre 2010 e 2019, ocorreram cerca de 392 mil mortes em acidentes de transporte terrestre (Datasus, plataforma do Ministério da Saúde e Polícia Rodoviária Federal). Diante dessa dura realidade das ruas brasileiras, a violência no trânsito tem que ser vista como um problema social.

A violência no trânsito não é uma epidemia, não é uma doença” ela precisa e deve ser levada a sério. Afinal, são nossos familiares, nossos amigos, nossos irmãos que poderão ser noticiados como sendo mais uma vítima no trânsito. O mais preocupante é saber que a maior parte das mortes no trânsito envolve a juventude, a maior força de trabalho e renda do País, causadas pela imprudência, imperícia e negligência ao volante.

O governo tenta amenizar o problema por meio de algumas políticas, como, por exemplo, impedir que motoristas saiam dirigindo alcoolizados pelas ruas, tornando essa prática um crime inafiançável para quem causar homicídio ou lesão corporal na condição de embriagado. É uma boa iniciativa, embora não resolva o problema. Afinal, só punir não resolve, é preciso educar.

Nota-se a necessidade urgente de uma reflexão sobre como as pessoas estão lidando com as questões do trânsito. O que está sendo colocado em primeiro lugar são: a pressa, o dinheiro, o desejo, a festa, a preguiça, a tecnologia, as aparências. Ninguém em sã consciência é capaz de afirmar que esses procedimentos valem mais do que a vida. Mas, parece que frequentemente falta sanidade na consciência.

Temos pedestres fazendo escolhas erradas, motociclistas escolhendo o que não deviam, motoristas escolhendo o mau comportamento, técnicos e gestores optando por critérios errados ao lidar com profissionais do volante. No trânsito, não esqueçamos, escolham a vida!

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