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Leitores do Jornal A Tribuna

Mulheres vivem mais do que os homens, mas com saúde pior

Coluna foi publicada nesta terça-feira (09)

Thaissa Tinoco | 09/07/2024, 11:12 11:12 h | Atualizado em 09/07/2024, 11:12

Imagem ilustrativa da imagem Mulheres vivem mais do que os homens, mas com saúde pior
Pesquisa mostra que, apesar de viverem mais que homens, mulheres enfrentam uma qualidade de saúde inferior em vários aspectos |  Foto: Canva / Divulgação

As mulheres têm uma expectativa de vida mais longa que os homens, o que já é reforçado por estudos científicos, que, inclusive, enumeram alguns motivos para atestar essa realidade. Uma nova pesquisa, contudo, provoca uma outra reflexão importante e necessária: a qualidade da saúde dessas mulheres.

Segundo uma análise publicada na revista científica The Lancet Public Health, apesar de viverem mais que os homens, pessoas do sexo feminino enfrentam uma qualidade de saúde inferior em muitos aspectos.

Enquanto, ao longo de suas vidas, homens podem sofrer de doenças que levam ao óbito mais cedo, as mulheres passam mais tempo com a saúde debilitada por comorbidades que, embora não levem à fatalidade, comprometem seriamente a qualidade de vida.

Além de dores lombares e de cabeça (doenças apontadas na pesquisa), outras patologias podem acometer mulheres desde muito cedo e se estendem por anos e anos.

Entre essas enfermidades, estão as doenças crônicas. No universo feminino, algumas condições afetam a saúde e comprometem o bem-estar, maltratando o corpo e a alma. Figuram nessa lista as doenças ginecológicas, que trazem uma série de transtornos, dores e complicações que dificultam ou impossibilitam, inclusive, a fertilidade.

Uma delas é a endometriose, uma doença que exemplifica com clareza o que é viver com a saúde comprometida. Essa condição, que afeta cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva, pode se manifestar logo após a primeira menstruação, ou seja, no início da adolescência.

Cólicas incapacitantes, dores durante a relação sexual e exaustão são sintomas comuns dessa patologia, que ainda traz outro grave complicador: a infertilidade. Se não tratada corretamente, a paciente pode ter dificuldades para engravidar ou talvez nunca venha a gestar.

A endometriose é uma doença crônica que ainda não tem cura, mas o tratamento especializado ajuda a amenizar os sintomas, proporcionando qualidade de vida à mulher, e em boa parte dos casos, a paciente consegue realizar o sonho de ser mãe.

Contudo, um grande agravante é o diagnóstico tardio, uma vez que, em boa parte dos casos, a endometriose é ignorada. Os sintomas característicos da doença são desprezados, confundidos com outras condições de saúde e até mesmo considerados normais ou “coisas de mulher”. E a partir dessa crença, pacientes passam a vida com dores no corpo e na alma, com as quais são praticamente obrigadas a conviver.

A longevidade é, sim, importante, mas é essencial adotar o autocuidado como princípio inegociável para que a existência seja desfrutada com qualidade e bem-estar. É fundamental que a mulher conheça o próprio corpo, perceba suas dores de qualquer natureza e busque ajuda profissional que acolha as suas queixas. Isso contribui para prevenir e cuidar precocemente de doenças que possam surgir.

Imagem ilustrativa da imagem Mulheres vivem mais do que os homens, mas com saúde pior
Thaissa Tinoco é médica ginecologista |  Foto: Divulgação

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