Escolha da escola dos filhos: o que analisar?
Coluna foi publicada nesta sexta-feira (11)
Já é quase uma tradição. Nesta época, provavelmente por ser um período de matrículas e rematrículas nas escolas, as famílias começam a analisar como foi o ano letivo dos filhos e a planejar o próximo. Por mais que a alternância constante de instituição seja desaconselhada, quando se chega à conclusão que ela é necessária, um mundo de dúvidas surge. E não é diferente para quem ainda nem viveu a experiência e busca a primeira escola dos pequenos.
O primeiro passo, então, para os que já iniciaram a trajetória, é ponderar se o desenvolvimento do aluno foi perceptível no ano, considerando aspectos relacionados ao currículo e às notas, mas também a participação em iniciativas esportivas, culturais e artísticas que contribuem para o amadurecimento socioemocional. Essas atividades são importantes para a formação não só do profissional, como de um cidadão atuante na sociedade.
É necessário também observar como é a convivência com os outros estudantes, professores e profissionais do ambiente escolar. Dependendo da idade, o aluno já relata o dia a dia, o que gosta e o que incomoda. É relevante entender se ele se sente feliz e motivado e demonstra vontade de continuar na instituição.
Feitas essas considerações, é essencial analisar a própria escola, as metodologias de ensino adotadas, se são atuais e se adequam às demandas do século XXI, os espaços físicos, salas de aula e laboratórios, as tecnologias para apoiar a aprendizagem, a qualificação dos professores e a capacitação contínua deles.
Esses aspectos, inclusive, são um ponto de partida para quem vai matricular os filhos pela primeira vez. Observe ainda se a escola oferece atividades esportivas, culturais e artísticas para uma formação integral, que não visa apenas a educação formal, mas o desenvolvimento de uma pessoa preparada para atuar em qualquer lugar do mundo. Não abra mão também de escolher uma instituição que partilhe os mesmos valores ensinados aos filhos para o estabelecimento de uma parceria sólida entre a família e a escola.
A educação básica é um período longo, que costuma começar na primeira infância e seguir até os 17 ou 18 anos. São em torno de 12 a 16 ciclos divididos em Educação Infantil e Ensinos Fundamental e Médio.
É um erro dizer que uma fase é mais importante que a outra. Cada uma possui particularidades e caminham integradas. Partindo disso, é importante pensar a escolha como um projeto de longo prazo, em que cada etapa promove o conhecimento necessário para a seguinte.
Sabemos que, às vezes, as mudanças de instituições são inevitáveis, principalmente devido a deslocamentos geográficos da família, mas é fundamental recordar que elas podem proporcionar perdas. Isso porque, em cada nova escola, a criança ou o adolescente precisa se adaptar ao espaço, às pessoas, às metodologias e aos currículos.
Independentemente das decisões, a família deve se lembrar que precisa construir uma relação de confiança com a escola, porque isso é parte preponderante no desenvolvimento de todo aluno.
