Diversas estratégias para manter a internet on
Coluna foi publicada nesta segunda-feira (05)
O termo “serviços essenciais” ganhou notoriedade durante a pandemia. Muito se polemizou, mas fato é que, naquele momento e cada dia mais, a internet consolida-se como uma atividade de grande relevância, sem a qual problemas de diferentes ordens são causados.
É por isso que a necessidade de compromisso das operadoras com ações preventivas e corretivas imediatas cresce exponencialmente junto com a essencialidade desse serviço. Similar a uma falta de água ou luz, a ausência de transmissão de dados em dispositivos é algo a ser evitado.
O desafio é que os serviços tecnológicos têm problemas intrínsecos, sem contar as intempéries, os acidentes e os danos maldosos aos cabos e os ataques de negação (DDoS). Nesse sentido, a troca de tráfego entre operadoras nacionais e internacionais diversifica os “caminhos” de acesso mais rápido aos conteúdos demandados.
Além disso, a tecnologia em constante atualização provê alternativas para mitigar interrupções prolongadas. Em relação aos ataques DDoS, as ferramentas de mitigação, que monitoram por meio de sensores automáticos nos roteadores, emitindo alertas e promovendo as ações necessárias, asseguram a estabilidade dos serviços.
Do ponto de vista preventivo, dados os altos níveis de demanda de conectividade, o investimento em atualização de nível tecnológico precisa ser frequente. A partir da análise de consumo, é possível prever onde se deve incrementar o tráfego. Monitoramento proativo contínuo é essencial para que as operadoras acendam o alerta de aumento preventivo de atendimento.
As análises periódicas de incidências são outra boa estratégia. Visto que um dos maiores ofensores do serviço é o rompimento físico dos cabos por veículos, vandalismo, quedas de árvores e roedores, as reincidências de problemas são estratificadas por mapeamento geográfico e mudanças nas rotas dos cabos são feitas.
Outra medida básica, de quem sempre “troca o pneu com o carro andando”, é programar as manutenções, sempre que possível, das 2h às 5h da madrugada, quando a curva de usabilidade indica menor possibilidade de impacto.
Essas melhorias, por sua vez, devem contar com equipamentos homologados, de última geração e de fornecedores confiáveis nas estações e na casa do cliente. Por fim, auditar a mão de obra, procedendo a reciclagem, é outro controle importante, além do acompanhamento dos indicadores de qualidade.
Quem atua na área sabe que é possível se antecipar a problemas, mas eles vão acontecer todos os dias. A diferença é como eles são tratados. Felizmente, o tempo de resposta das operadoras locais, que têm equipes técnicas próximas às ocorrências, em 90% dos casos, permanece dentro de 24 horas.
Percebe-se, portanto, que a atuação em níveis estratégico e tático é fundamental para soluções em tempo real. Vale ressaltar a importância da integração da área técnica com setores da empresa como Experiência do Cliente (CX) e Contact Center, sendo um diferencial a equipe própria e o atendimento 24 horas. Afinal de contas, o usuário, dependente da tecnologia, não quer só ter conexão estável, ele deseja isso com urgência.