Dia Mundial dos Avós
Coluna foi publicada nesta sexta-feira (26)
Instituído pelo Papa Francisco em 2021, para ser celebrado no último domingo de julho – o domingo mais próximo da festa de Santa Ana e São Joaquim –, o 4º Dia Mundial dos Avós e dos Idosos tem como tema neste ano: “Na velhice não me abandones”: evoca a fervorosa súplica ao Senhor de toda pessoa idosa para não ser deixada sozinha em sua idade avançada.
O Papa exorta: “A não perder o gosto da fraternidade, mas, mostrar aos avós e aos idosos de nossas famílias a nossa gratidão e o carinho por eles, pois a vida humana – dom inestimável de Deus– é preciosa, em todas as suas fases: no início, na idade adulta e no fim”.
O Antigo Testamento considera a velhice uma das grandes bênçãos de Deus:
“Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem teus dias na terra, que Iahweh te dá”. A literatura sapiencial desenvolve a ideia de que a vida longa é fruto de virtudes e a morte prematura é vista como um castigo divino: “O temor de Iahweh prolonga os dias; os anos dos ímpios serão breves”.
No entanto, a realidade mostrou aos israelitas o simplismo dessa visão. Assim, o livro da Sabedoria já observava que a verdadeira sabedoria está em viver no amor a Deus e na obediência aos seus mandamentos:
“O justo, ainda que morra cedo, terá repouso. Velhice venerável não é a longevidade, mas uma vida sem manchas. A autêntica coroa da velhice está no bem, realizado ao longo da vida. Vale mais um jovem pobre e sábio, do que um rei velho e insensato. O idoso merece consideração, respeito e carinho, pois todos nós chegaremos, um dia, a esta idade”, afirma o livro do Eclesiástico.
O Novo Testamento anuncia a Boa Nova sobre a vida humana: Cristo ressuscitado partilha com a humanidade sua vitória sobre a morte. “Quem crê em mim, ainda que tenha morrido, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim não morrerá jamais”, disse Jesus à Marta, por ocasião da ressurreição de seu irmão, Lázaro.
“Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia”, prometeu Jesus aos seus discípulos, na sinagoga de Cafarnaum, no seu “discurso eucarístico”. “É tão grande o bem que espero – exclamava São Francisco de Assis – que todo sofrimento é, para mim, delícia”.
O cristianismo é chamado a levar, em nossa sociedade secularizada, a consolação do Evangelho aos idosos, ajudando-os a descobrir o sentido último e profundo da vida humana: uma vigília de uma grande festa. Papa Francisco, em sua mensagem, exorta os familiares dos idosos:
“Visitemos nossos pais idosos, que, às vezes, emarginados e desanimados, já não esperam alguma melhora em sua vida. À atitude egoísta, que leva ao descarte e à solidão, contraponhamos um coração grato, um rosto alegre e uma palavra amiga e carinhosa, dizendo-lhes o quanto os amamos. A Virgem Maria ajude os nossos idosos a alimentar sua fé nas fontes da Palavra de Deus”.