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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Da cidade de Anchieta para os capixabas, o Brasil e o mundo

| 09/10/2021, 09:37 09:37 h | Atualizado em 09/10/2021, 09:46

No próximo dia 18 de novembro, o Espírito Santo inaugura um patrimônio incomparável da cultura nacional. Trata-se do Centro de Interpretação São José de Anchieta. Primeira instituição desse tipo no país, o Centro será entregue juntamente com a restauração de todo o Santuário Nacional, construído na antiga Vila de Reritiba, a partir de 1579, por iniciativa do “Apóstolo” do Brasil, e lugar onde o santo também viveu e faleceu, em 1597.

Centro de interpretação lembra um museu. Peças, documentos e outros recursos materiais históricos que permaneceram se somam a textos e vídeos explicativos, mas substanciais, permitindo ao visitante, a partir de uma imersão multimídia na temática, constituir uma visão profunda daquele lugar de memória.

Os Jesuítas foram um marco no Brasil colônia. Ajudaram a fundar cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. Em Vitória, padre Afonso Brás iniciou, em 25 de julho de 1551, as obras do conjunto que constitui o Palácio Anchieta, antes mesmo da fundação oficial da capital capixaba, em 8 de setembro daquele ano.

Os Jesuítas foram a potência que movimentou o Estado até 1759, quando foram expulsos dos domínios portugueses. As missões podem ter chegado a 10. São exemplos que podem ser vistos as de São João (Carapina), Reis Magos (Nova Almeida), Nossa Senhora da Conceição (Guarapari) e Nossa Senhora da Assunção (Anchieta).

Além dos pioneiros da evangelização e do ensino, foram a grande força econômica do Estado. Até 1797 vigia determinação da Coroa que impedia a interiorização da colonização da capitania.

Nesse cenário pouco atrativo, os religiosos comandavam uma máquina produtiva com três fazendas (Araçatiba, em Viana; Muribeca, em Presidente Kennedy; e Itapoca, em Carapina), alcançando mercados local, nacional e estrangeiro.

A marca jesuítica pode ser percebida nos símbolos oficiais do Estado. Por iniciativa de presidente Jerônimo Monteiro (1908-1912), ex-aluno de colégio jesuíta, brasão, selo e bandeira trazem o lema “Trabalha e Confia”, síntese da sentença “Faça tudo, como se tudo dependesse de você, e espere tudo, como se tudo dependesse de Deus”, do fundador dos Jesuítas, Santo Inácio de Loyola.

A partir de obras como esta, realizada pelo Instituo Modus Vivendi, em 3 anos, com a supervisão do Iphan e acompanhamento da Companhia de Jesus, no valor de R$ 10,5 milhões, como patrocínio através de lei de incentivo à cultura pela Vale e BNDES, é que o Espírito Santo e o Brasil vão redescobrindo e revitalizando os caminhos de sua trajetória.

Como colonizadores que essencialmente “vieram para ficar”, e com a missão de construir uma obra “que durasse enquanto o mundo durasse”, os jesuítas participaram ativamente da construção dos fundamentos da vida nacional pós-conquista portuguesa.

As terras capixabas constituem um dos polos mais decisivos dessa história. Do Espírito Santo, para os capixabas, o Brasil e o mundo, vida longa ao Centro de Interpretação São José de Anchieta.

ERIKA KUNKEL é gestora cultura e presidente do Instituto Modus Vivendi.

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