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Leitores do Jornal A Tribuna

Cigarro, um mal evitável que encurta vidas

Coluna foi publicada nesta seta-feira (31)

Virgínia Altoé Sessa | 31/05/2024, 12:32 12:32 h | Atualizado em 31/05/2024, 12:33

Imagem ilustrativa da imagem Cigarro, um mal evitável que encurta vidas
Dia Mundial Sem Tabaco é celebrado neste dia 31 |  Foto: © Divulgação/Canva

O tabagismo é a principal causa evitável de câncer, além de muitas outras doenças graves e crônicas que adoecem e abreviam vidas. Esses são motivos mais que suficientes para que ações de conscientização sejam implementadas no sentido de alertar fumantes e não fumantes dos riscos dessa prática nociva e tão desnecessária.

Em 31 de maio, celebra-se o Dia Mundial Sem Tabaco, data dedicada à conscientização dos perigos do cigarro. Um estudo conduzido pela Fundação do Câncer e apresentado no 48º encontro do Group for Cancer Epidemiology and Registration in Latin Language Countries Annual Meeting (GRELL 2024), realizado recentemente na Suíça, revelou que o tabagismo é responsável por 80% de mortes por câncer de pulmão em homens e mulheres no Brasil.

E as estimativas são ruins. De acordo com o estudo, a previsão é de um aumento de mais de 65% na incidência de câncer de pulmão e de 74% na mortalidade até 2040, caso o padrão de comportamento em relação ao tabaco não seja alterado.

O fato de muitos indivíduos começarem a fumar muito cedo, ainda na infância ou na adolescência, contribui para a alta incidência de neoplasias malignas pulmonares na fase adulta, além de outros tipos de câncer.

O tabagismo é um perigo iminente, como se fosse um explosivo prestes a ser detonado, seja com um diagnóstico de doença grave, seja em forma de um vício que aos poucos vai roubando a saúde e ameaçando a vida.

Infelizmente, o tabagismo ainda surfa na onda da normalidade, seja em locais de trabalho, programas de lazer e também nos lares. Crianças veem os adultos da família fumando tranquilamente e acham que é algo normal e inofensivo. E logo que tiverem a oportunidade, vão querer experimentar.

O contraponto tão necessário nesse contexto é tratar a conscientização como prioridade, seja nas escolas, nas igrejas ou outros locais que essas crianças frequentam. Assim, talvez seja possível despertar consciências para que no futuro tenhamos um quadro menos grave e assustador.

Vale lembrar que na fumaça do cigarro existem cerca de 4.700 substâncias tóxicas diferentes. Dentre elas, as principais são a nicotina, o monóxido de carbono e o alcatrão.

A mais conhecida é a nicotina, que além de provocar vasoconstrição (os vasos sanguíneos “apertam-se” diminuindo seu diâmetro) e aumento da pressão arterial, causa mutações no DNA das células, que passam a se reproduzir de forma deficiente, o que contribui expressivamente para o desenvolvimento de neoplasias malignas.

O monóxido de carbono, para quem não sabe, é o mesmo gás tóxico que sai do escapamento de automóveis e no organismo humano reduz a oxigenação dos tecidos do corpo. Já o alcatrão é um dos mais potentes agentes cancerígenos que o ser humano introduz propositalmente no organismo.

Não faltam motivos para abandonar o tabagismo e também para não iniciar o hábito de fumar. E que cada um encontre a motivação (que talvez ainda falte) para não negociar a vida com mal tão devastador.

Imagem ilustrativa da imagem Cigarro, um mal evitável que encurta vidas
Virgínia Altoé Sessa é médica oncologista |  Foto: Divulgação

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