Atenção, planos de saúde com hospitais e pronto atendimento
Coluna foi publicada nesta terça-feira (24)
Em todos os setores da sociedade, existem aqueles que cumprem apenas o mínimo necessário para receber seu salário. No entanto, há também os que se dedicam além do esperado, por puro altruísmo, e aqueles que, mesmo recebendo, não trabalham com a diligência que se espera.
Essa realidade se estende, inclusive, no setor dos planos de saúde, serviços que não são baratos, especialmente para os idosos. Alguns médicos, por exemplo, parecem se considerar infalíveis e ainda se acham os galãs, como se estivessem em uma tela em “Hollywood”.
O descaso ainda é maior com os acompanhantes dos pacientes, ignorados ou tratados com desdém. Chamo a atenção, aqui, dos gestores de planos de saúde para essa questão. Há duas semanas, um dos hospitais vinculados a um plano de saúde da região recebeu de maneira muito insatisfatória sem saber, um dos seus maiores divulgadores num importante segmento da sociedade, tendo sua esposa como acompanhante.
Esta ficou chocada com a falta de profissionalismo que presenciou, desde a má vontade do funcionário da limpeza até a falta de interação respeitosa da equipe de enfermagem. Era comum ouvir risadas altas e conversas entre ela, enquanto pacientes nos quartos próximos, que poderiam estar em situações críticas, eram negligenciados.
Em diversas ocasiões, quando precisou chamar um enfermeiro, foi recebida com cara feia e uma resposta impaciente de que “já estava indo”. Esse “logo” se prolongava a ponto de o soro do paciente acabar por completo. Ele estava em um quadro de urgência, precisando trocar quase a cada 15 minutos o soro, sendo que, esse tipo de descuido, na demora, seria de alto risco, portanto, inadmissível, para equipe “tão bem treinada”, conforme o “médico hollywoodiano”, afirmou com desdém.
Diante dessa experiência lamentável, sugiro algumas recomendações:
1. Implementem sistemas de vigilância em todos os setores para monitorar a qualidade do atendimento.
2. Orientem equipes para agirem com paciência, tolerância e competência, lembrando-se de que escolheram uma profissão que lida diretamente com vidas humanas.
3. Dispensem imediatamente aqueles que tratam os plantões como oportunidades para conversar, contar piadas ou dormir, enquanto vidas podem estar em risco.
4. Não tolerem comportamentos de “astros de cinema”; médicos e enfermeiros devem ser profissionais e não atuar como se estivessem em um palco.
Espero, sinceramente, que este relato sirva de reflexão e mudança de comportamentos, naqueles que agora leem este texto, e que podem identificar sobre quais serviços estou descrevendo. Lembrem-se do sábio ensinamento bíblico: “Sejamos hospitaleiros, pois, sem saber, muitas vezes hospedamos anjos”.
Que essa mensagem seja um convite à reflexão e à mudança de atitude em favor de um atendimento digno e respeitoso, seja qual for a sua missão, ou profissão.