85 anos registrando a história
Coluna foi publicada no sábado (23)
Em 1582, é feita a primeira referência a um jornal publicado privadamente, durante o final da Dinastia Ming. O jornal em alemão Relation aller Fürnemmen und gedenckwürdigen Historien, impresso a partir de 1605 por Johann Carolus em Estrasburgo, é reconhecido, há 418 anos, como o primeiro jornal da história. Já em “pindorama”, a Gazeta do Rio de Janeiro foi o primeiro jornal publicado no Brasil e começou a circular em setembro de 1808, redigido pelo frei Tibúrcio José Rocha, e foi considerado o primeiro jornal periódico brasileiro.
Parabéns para o nosso aniversariante do mês, o jornal A Tribuna, criado em 22 de setembro de 1938, por Wallace Tadeu e Heráclito Duque de Freitas, tendo o seu primeiro endereço na antiga Esplanada da Capixaba, Centro de Vitória.
A história capixaba, brasileira e mundial vem sendo contada nesses 85 anos, tendo como marca o jornalismo diário, sempre na busca das melhores informações, editadas com isenção, imparcialidade e muita qualidade.
Um jornal impresso nestas muitas décadas é motivo de orgulho para todos, numa demonstração de força, e hoje com a sua gestão renovada e moderna, obtendo excelentes resultados que estão permitindo novos investimentos na qualidade dessas mais de 30 mil edições.
Tenho o privilégio de, por mais de oito anos, contribuir com os meus artigos como articulista convidado.
Nova diagramação, novas atrações, e aqui quero citar duas em especiais: “A Tribuna nas Escolas”, com matérias que valorizam as iniciativas pedagógicas, promovendo e incentivando o acesso à leitura e ao conhecimento. E “O Que Eu Vi e Vivi”, com histórias deliciosas de pessoas longevas, resgatando a memória e o sentimento de pertencimento do nosso povo capixaba.
Destaco a primeira publicação (do O que eu vi e vivi) com a escritora ítalo-capixaba Nerina Bortoluzzi Herzog (88 anos), tendo chegado aqui em março de 1949 com a sua família, estando, portanto, há mais de 70 anos sendo testemunha dos fatos em companhia de A Tribuna.
Nos últimos dois anos, as medidas de redução de circulação e a crise econômica fizeram com que a circulação dos jornais, que já vinham em curva de queda, caísse mais ainda. Modificações na estrutura do jornalismo foram necessárias e novas ferramentas e plataformas praticadas, em que a circulação digital está em crescimento.
Como nos livros digitais (e-books) que não cresceram tanto como o previsto, a preferência pelo impresso avança fortemente em 2023, agora, 64% dos consumidores preferem ler o livro físico, em comparação a 37% em 2021. No caso dos jornais, a preferência do leitor mais que dobrou indo dos 17% em 2021, para 35% neste ano.
No universo dos leitores de livros e revistas, o leitor do jornal impresso representa 14% das preferências, (pesquisa “Trend Tracker Sorbet 2023). E, o jornal A Tribuna, com o gerenciamento moderno, superou as dificuldades desses tempos. Afinal, não são somente redatores, repórteres, fotógrafos, diagramadores e editores competentes que fazem o sucesso de um jornal, mas sim seus leitores e assinantes.