Fiz sem camisinha e agora?
Coluna foi publicada no domingo (18)
O feriado de Carnaval passou, ainda tem muito pós-Carnaval rolando e já recebi pacientes preocupadas por terem tido relação sexual desprotegida. E pessoal, isso é muito sério!
“Ahhh, mas eu tenho DIU” ou “eu tomo anticoncepcional”. Gente, método contraceptivo é só, e somente só, para evitar uma gestação indesejada. Para proteger sua saúde e a sua vida de doenças sexualmente transmissíveis a única forma é usando preservativo. Mas já transei e não usei camisinha. O que fazer?
A maior parte das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) pode ser evitada em mais de 90% dos casos, quando a gente busca ajuda em até 72 horas após a relação.
O ideal é ir uma Unidade Básica de Saúde, explicar a situação e solicitar a PEP, que é a Profilaxia Pós-Exposição ao HIV.
E para que serve isso, doutora? É uma medida de urgência para evitar a infecção pelo vírus HIV e está disponível de forma totalmente gratuita.
A partir dela, é preciso fazer uso dos medicamentos por 28 dias e, depois, testar para HIV 30, 60 e 90 dias após o início do tratamento.
Além do HIV, eu também peço para a paciente realizar o teste de sífilis e de hepatite B e C. Você também pode tomar a vacina contra a hepatite B, se ela estiver disponível.
Então já sabemos que é algo que não deve acontecer né pessoal? Transar sem camisinha e depois ficar nessa pressão e tomando um mês de medicamento é desnecessário.
O melhor a se fazer é utilizar os preservativos da maneira correta e, mesmo muita gente reclamando que não é a “mesma coisa”, ainda assim é melhor do que carregar o ônus de um problema de saúde tão sério quanto o HIV.
Por fim, vale a pena ficar de olho em sintomas que podem indicar a presença de infecções sexualmente transmissíveis, como feridas genitais ou corrimentos anormais. Em caso de qualquer suspeita, procurar sua ginecologista e iniciar o tratamento.