O maior vencedor do momento
Coluna foi publicada nesta terça-feira (08)
O resultado que pegou de surpresa o mercado político foi a presença de Weverson Meireles (PDT). Não no segundo turno da Serra, algo que já era esperado por alguns, mas sim na liderança. Isso porque, no começo da campanha, Weverson não chegava a pontuar mais de 5% nas pesquisas.
De “patinho feio” e candidato desconhecido, passou a ser o mais votado do maior colégio eleitoral do Espírito Santo, com 39,66% da preferência serrana. Pelo crescimento registrado em tão pouco tempo é, talvez, o maior vencedor no momento.
Como se não bastasse, a ausência de Audifax (PP) no segundo turno foi tão surpreendente quanto. As últimas pesquisas o colocavam em 1º lugar, mas ele ficou em 3º.
Interlocutores acreditam que os últimos 20 dias de campanha foram polarizados entre Meireles e Muribeca (Republicanos), e como Audifax, supostamente líder, estava fora desse movimento, acabou sendo “esquecido” nessa polarização.
Quem fica com quem?
A disputa agora também vai envolver quem vai apoiar quem. Pela diferença de votos no 1º turno, seria importante Muribeca conseguir apoio de Audifax, mas é improvável, visto que o progressista, pessoalmente, tem atritos com o republicano.
Igor Elson (PL), porém, deve se juntar a Muribeca, enquanto Roberto Carlos deve ficar com Meireles. A ver.
De olho na cadeira
O ex-presidente da Câmara de Vila Velha Ivan Carlini (Podemos) foi eleito. Vai cumprir seu oitavo mandato, tendo sido presidente seis vezes.
Segundo interlocutores, ele volta de olho na presidência, e já estaria se movimentando para isso. Além dele, Rogério Cardoso (Podemos) estaria nessa “disputa”, com apoio do atual presidente Bruno Lorenzutti (MDB).
Agora o tom é outro...
Durante a campanha política, muitos candidatos abraçaram as críticas ferrenhas a seus opositores. Foram diversas acusações e ataques. Agora, ao fim do pleito, o discurso de quem não foi vitorioso é dar os parabéns e falar que está disponível para qualquer troca de ideias. Será?!
Não negaram
Durante entrevista na TV Tribuna, os prefeitos de Vila Velha e Vitória Arnaldinho (Podemos) e Pazolini (Republicanos) foram perguntados se poderiam disputar o governo em 2026.
Arnaldinho, que durante campanha rechaçou a ideia algumas vezes, adotou outro discurso, falando da importância das obras na cidade. Pazolini, por sua vez, disse que essa decisão dependeria não só dele, mas também de sua família. Radar ligado!
No geral, ruim para o PL, mas pior ainda para o PT
A atuação do PL no Espírito Santo nessas eleições não foi como os bolsonaristas esperavam. Com candidatos em praticamente todos os municípios, fez cinco prefeitos e 57 vereadores. É bem verdade que antes do pleito, o partido tinha somente um prefeito eleito, mas pela força da sigla no Congresso e o dinheiro investido nas campanhas, esperava-se mais. O PT, por sua vez, teve resultado pior. Não elegeu nenhum prefeito e somente 13 vereadores.
Galeria
Revés para ex-prefeito
O ex-prefeito de Vila Velha Neucimar Fraga (PP), que chegou a deixar as diferenças com Arnaldinho (Podemos) de lado para compor com o prefeito e pedir voto para o filho Lucas Fraga (PP), que disputava a Câmara, não teve seu objetivo alcançado. Lucas não foi eleito. Os Fragas saem enfraquecidos do pleito.
Revés para ex-prefeito II
Ainda na cidade canela-verde, o candidato do ex-prefeito Max Filho (PSDB), Maurício Gorza (PSDB), também teve desempenho fraco: 557 votos. Indica que Max também sai enfraquecido, além do PSDB.
Dobradinha Linhalis
Na festa de Arnaldinho, os Linhalis estiveram no trio, um de cada lado do prefeito. Deputado Victor (Podemos), ex-vice-prefeito de Arnaldinho, e Cael Linhalis (PSB), atual vice.
De olho no secretariado
Agora é saber se haverá mudança no secretariado dos prefeitos em 2025.