"Não estou muito animado", diz Euclério sobre filiação ao União
União Brasil e PP formarão federação, o que vai mudar tabuleiro no Estado
Após muitas conversas internas em Brasília, os presidentes nacionais do PP e do União Brasil. Ciro Nogueira e Antônio de Rueda, respectivamente, vão anunciar a federação entre os dois partidos no começo da próxima semana. Com isso, no Espírito Santo, o plano de alguns atores políticos vão se alterar.
O prefeito de Cariacica, Euclério Sampaio (MDB), anunciou ainda em janeiro deste ano que iria se filiar ao União para ser o novo presidente estadual da sigla. Iria, portanto, substituir o atual secretário de Estado de Meio Ambiente, Felipe Rigoni (União).
O acordo foi costurado pelo governador Renato Casagrande (PSB) e presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Santos (União). Ambos viajaram para Brasília e se encontraram com Rueda.Na mesma ocasião, ficou implícito que o União Brasil deverá apoiar o projeto de Casagrande, que envolve lançar a candidatura do vice-governador do Estado, Ricardo Ferraço (MDB), ao Palácio Anchieta em 2026.
Entretanto, com o anúncio da federação, Euclério confirmou à coluna que as coisas mudaram. "Eu confesso que não estou animado para ir ao União Brasil depois desta notícia", declarou. Segundo o prefeito, o martelo ainda não está batido, mas a decisão virá até semana que vem.
Ele ainda disse que caso não se filie ao União, vai seguir no MDB. Perguntado se existe a possibilidade de deixar o MDB caso o partido indique a vice na possível chapa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à reeleição, disse que não.
"Não vai ser prerrogativa para sair do partido. Podem indicar, eu não vou apoiar e ponto final", afirmou Euclério.
Quem vai liderar?
Em nível nacional, o nome de Rueda tem sido discutido para presidir a federação. No Espírito Santo, segundo a coluna apurou com filiados dos dois partidos, o deputado federal Josias Da Vitória (PP) é quem deverá ditar o ritmo durante a parceria.
Conforme Plenário chegou a publicar, as principais lideranças estaduais das duas siglas têm apoiado o movimentado de federação. Entendem que as chapas ficarão competitivas e terão "meio caminho andado" na montagem. Marcelo Santos tem pretensão de concorrer a uma cadeira da Câmara dos Deputados, assim como Felipe Rigoni, por exemplo.
Do lado do PP, a princípio, existem nomes como Evair de Melo, Josias Da Vitória e Soraya Manato.
Muita água vai rolar embaixo desta ponte. Expectativa é de que quando a federação for confirmada na próxima semana, assim como a fusão entre Podemos e PSDB, será quando os políticos vão começar a "tomar lado". A ver.