Estratégias finais em Vitória
Coluna foi publicada nesta sexta-feira (27)
O debate dos candidatos à Prefeitura de Vitória promovido na quinta-feira (26) pela TV Tribuna foi a chance de os concorrentes colocarem na mesa suas últimas cartadas, levando em consideração que faltam menos de 10 dias para a eleição.
Ficou nítido para quem estava presente no estúdio que houve duas “dobradinhas” nos momentos de respostas. Du (Avante) e Capitão Assumção (PL) sempre tentavam responder juntos, enquanto João Coser (PT) e Luiz Paulo (PSDB) faziam o mesmo. O petista e tucano, inclusive, ressaltaram algumas vezes que “o outro já havia sido prefeito”. Diferente dos últimos debates, Camila Valadão (Psol) fez críticas mais incisivas contra Lorenzo Pazolini (Republicanos), que focou em fazer balanço de seus 4 anos de mandato. Os dois nem sequer se olhavam.
Em determinado momento, Camila chamou Pazolini de “imperador”, por segundo ela não dialogar com outros Poderes.
Frieza de delegado
Geralmente nos debates quem é o atual prefeito costuma ser o alvo dos candidatos que querem este lugar. Nesse aspecto, Pazolini teve uma atuação equilibrada, já que somente em um momento respondeu às críticas de Camila. “Lamentável o que ela fala, não sei se é despreparo, fake news ou má-fé”. Interlocutores disseram que é frieza de delegado.
Diálogo sem ser isolado
Chamou atenção que Assumção (PL), ferrenho opositor do governador Casagrande (PSB), disse algumas vezes que caso seja eleito, vai dialogar com o governo do Estado. Em outro momento, Coser (PT), no púlpito, criticou o afastamento de Pazolini com o governo. “Apontou corrupção e não comprovou, porque não havia prova”, ressaltou.
Disputa até entre militância
O embate entre os candidatos a prefeito não aconteceu somente no estúdio da TV Tribuna. Os apoiadores dos concorrentes estiveram na porta da Rede com seus carros de som, bandeiras e palavras de ordem. A disputa era para ver quem estava mais animado na chegada de seu apoiado.
Explicou
Um dos argumentos mais recorrentes entre os opositores de Pazolini é a suposta não integração entre Guarda Municipal e polícias Militar e Civil. Pela primeira vez, o republicano explicou: “Essa informação é inverídica. A única Guarda que tem representante dentro do Ciodes é a de Vitória, a 1ª do Brasil a integrar força tarefa de combate ao crime organizado. Reduzimos índices de crimes com a cooperação entre outras forças de segurança”, disse.
Acredita que resistência ao PT pode ser vencida
Em 2022, o presidente Lula (PT) ficou atrás de Bolsonaro (PL) nas intenções de voto na capital, demonstrando certa resistência do eleitorado de Vitória ao nome petista. A estratégia de Coser é vencer essa questão utilizando exemplos de mandatos passados. “Quando fui prefeito, todas as obras tiveram aporte do governo federal. É preciso ter projeto, que vem integrado. Fizemos várias intervenções, nas principais vias da cidade, com apoio de Lula”, disse.
Galeria
Vice sempre presente
Entre os candidatos a vice presentes na sede da TV Tribuna, Cris Samorini (PP), parceira de chapa com Pazolini, foi a que mais teve presença. Não saiu de perto do candidato nos intervalos e fez questão de ficar nos assentos reservados aos assessores dos políticos. Alguns dizem que já se prepara para assumir a prefeitura, caso Pazolini dispute o governo do Estado em 2026.
Vice-governador escalado
Em breve será veiculado vídeo do vice-governador Ricardo Ferraço (MDB) apoiando Luiz Paulo, uma das cartadas finais do tucano. Quanto a presença de Casagrande, Luiz afirmou à coluna: “Tem o timing dele”.
Acelera na política
O candidato Du (Avante) já afirmou que tem projetos políticos até completar seus 70 anos. Iniciante no ramo, disse que, a depender do resultado da eleição deste ano, pode disputar algum cargo em 2026, possivelmente para deputado estadual. A ver!