Consequências da neutralidade
coluna foi publicada nesta sexta-feira (11)
O ex-prefeito da Serra Audifax Barcelos (PP) comunicou nesta quinta-feira (10) que ele e seu partido vão ficar neutros no 2º turno das eleições, portanto, sem apoiar Weverson Meireles (PDT) ou Pablo Muribeca (Republicanos). A decisão, porém, não foi bem digerida internamente, segundo lideranças do partido.
A avaliação é de que seria importante para o futuro político de Audifax que ele escolhesse um lado, principalmente levando em consideração que no 1º turno havia dito que pretendia conversar com Vidigal (PDT) para ter apoio do PDT, caso ele conseguisse ir ao 2º turno. Além disso, há a notória resistência de Audifax a Muribeca. “A Serra corre perigo”, “as histórias deles são desconhecidas”, foram algumas das frases dele.
A informação, apesar da posição de Audifax, é de que quem esteve no entorno da campanha do progressista já está com Weverson, como Vandinho Leite e até os vereadores do PP.
Vantagem e futuro
Com a neutralidade de Audifax, que teve quase 59 mil votos, Weverson sai mais beneficiado do que Muribeca, visto que Audifax, junto com o PP, poderia somar na narrativa de direita contra esquerda, bandeira que o progressista adotou quando disputou o governo do Estado. Já sobre seu futuro, Audifax não revelou nem para seus maiores aliados.
Já tem movimentação
A posse da nova Mesa Diretora da Assembleia acontece só em fevereiro, mas com o fim das eleições, as movimentações já estão se intensificando. A influência de Casagrande (PSB) no processo deve ser considerável. Nos últimos dias, o movimento de Vandinho (PSDB) apoiar Weverson (PDT) na Serra foi considerado, inclusive, um aceno ao governador.
Agora não adianta mais...
Pessoas que faziam parte de gestões acabaram se afastando durante o período eleitoral, seja por desacordo com aliados candidatos a prefeituras ou para tocar projetos pessoais. Alguns, porém, têm tentado voltar com a relação. “Agora não adianta mais”, disse secretário de uma prefeitura.
Primeiro ruído
Após eleição, os vereadores da capital já passam pelo primeiro imbróglio com o Executivo municipal. A peça orçamentária enviada à Câmara pela prefeitura, que prevê o valor que o Legislativo terá em 2025, teve valor menor do que o esperado. Praticamente R$ 15 milhões a menos.
Prestes a ter mais gabinetes e mais gastos, por conta de ter mais parlamentares a partir da Legislatura seguinte, os vereadores não gostaram da proposta.
Responsáveis por transição já dão recado
Os prefeitos de Vitória e Linhares, Lorenzo Pazolini (Republicanos) e Lucas Scaramussa (Podemos), respectivamente, já estão pensando nas equipes de transição. Pazolini já nomeou sua vice Cris Samorini (PP) para a tarefa. Já Scaramussa deve fazer o mesmo, escalando seu vice, Franco Fiorot (União).
Ambos devem apresentar as diretrizes que vão precisar ser seguidas em cada área. Demonstram algo em comum: presença dos dois será ativa na gestão.
Galeria
PL com Muribeca??
O PL decidiu não apoiar nenhum dos candidatos na Serra. Em nota, o partido afirma que rejeita a “gestão sob o comando do PDT, de Carlos Lupi, que perseguiu Jair Bolsonaro”. Entretanto, a nota também que “não nos opomos ao apoio de quem compartilha a mesma luta contra o esquerdismo, focando na renovação da Serra”. O trecho foi encarado, nas entrelinhas, como apoio velado a Muribeca.
PL com Muribeca!
Além disso, mesmo depois de Igor Elson, candidato do PL na Serra ter dito que não vai apoiar ninguém, o vice dele, Cabo Cassoto, gravou vídeo em favor de Muribeca.
Não conseguiu
Uma das apostas do prefeito de Ibatiba e presidente da Associação de Municípios do Espírito Santo (Amunes), Luciano Pingo (MDB), era a candidatura de Dra. Criziane (MDB) para tentar sucedê-lo, porém, ela não ganhou o pleito. Pingo, por sua vez, deve ser um dos nomes do MDB a disputar a Ales em 2026.