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Papo de Família, por Cláudio Miranda

Papo de Família, por Cláudio Miranda

Colunista

Terapeuta de Família e Psicopedagogo Clínico

Pais viciados em tela

Confira a coluna deste sábado (03)

Claudio Miranda, colunista de A Tribuna | 05/05/2025, 13:18 h | Atualizado em 05/05/2025, 13:18

Imagem ilustrativa da imagem Pais viciados em tela
Cláudio Miranda é é da Diretoria da ATEFES (Associação de Terapia Familiar do ES), Terapeuta de Família, Psicopedagogo Clínico, Pós-graduado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto USP |  Foto: Arquivo / AT

Há uma grande queixa sobre o excesso do uso de telas por parte dos adolescentes, contudo, o tempo que os pais ficam diante de telas é algo também preocupante. Se, no caso dos filhos, o grande prejuízo é para os estudos, para os pais é o afastamento das tarefas da casa e da atenção com os filhos.

Quando filhos e pais ficam muito tempo no celular, inicia-se aí um sério problema de afastamento familiar. Estão de “corpos presentes” no mesmo ambiente da casa, mas pais e filhos, maridos e esposas estão desconectados emocionalmente e afetivamente. Este afastamento tende a aumentar cada vez mais.

Há muito tempo que a dependência do celular não é exclusiva aos filhos. Distraídos pelos celulares, pais e mães perdem longo tempo, se descuidando de momentos importantes com os filhos. O “estão perto”, mas sem presença afetiva e sem atenção.

É muito ruim quando um filho, seja criança ou adolescente, procura os pais para brincar, mostrar algo ou conversar e se deparam com seus pais indisponíveis, perdidos no “submundo” da internet.

Isto é extremamente danoso para a relação familiar e para o desenvolvimento das crianças. Nesse caso, quanto mais novo for o filho, mais danoso pode ser essa situação para ele.

Se os pais e as mães estão viciados em telas, como poderão eles salvar os filhos que sofrem com o mesmo vício?

O uso demasiado de telas interfere na qualidade do tempo que passam com os filhos e dos irmãos entre si. A irritação é dos grandes geradores de estresse, conflitos e reclamações quando são interrompidos ao usar o celular.

Os casais passam pelo mesmo problema, comprometendo também a comunicação entre marido e esposa. Para muitos, o celular pode estar sendo um modo de fugir de um ambiente familiar que já está adoecido emocionalmente.

A quebra dos vínculos na relação familiar (pais, filhos e casal) é um problema que surge silenciosamente, comprometendo a saúde mental familiar e desencadeando outras doenças de fundo emocional pela deterioração dos vínculos na relação pais e filhos. Essa desconexão e afastamento entre as pessoas é um dos grandes desafios da atualidade quando se fala de saúde familiar.

O fortalecimento de vínculos entre os familiares é fundamental para que os filhos se sintam protegidos, respeitados e aceitos pelos pais. Saber que os pais se importam com seus problemas e interesses tem uma grande importância na saúde afetiva dos filhos com seus pais.

Quanto mais atenção e presença os filhos receberem dos pais, menos barreiras afetarão os vínculos dessa família.

Esse cuidado aumentará o compromisso com os estudos, reduzirá a rebeldia e a agressividade, diminuirá a ansiedade e proporcionará maior segurança e pertencimento num ambiente onde se sente querido, amado e importante.

Os pais devem dar o exemplo, porque o uso excessivo de celulares por eles pode afetar negativamente o desenvolvimento cognitivo, emocional e social de seus filhos, porque deixam de ter a atenção, interação e estímulo necessário para crescerem felizes e saudáveis.

A atenção dos pais é fundamental para o desenvolvimento de suas crianças.

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