De onde vem o comportamento errado do seu filho?
Coluna foi publicada no domingo (12)
Há determinados comportamentos que são inaceitáveis numa criança ou adolescente. Alguns mostram extrema agressividade com os pais, principalmente direcionados à figura da mãe. Outras vezes atacam colegas da escola e até os professores.
Como você avalia o comportamento e atitudes do seu filho dentro e fora de casa?
O modo de agir de um filho poderá falar do modelo educacional que ele recebeu ao longo da sua infância ou informar de um problema emocional que esteja vivendo no momento presente.
Nem sempre eles dividirão com os pais o que se passa com eles interiormente. Provavelmente isso acontecerá por sentirem vergonha de falar o que sentem.
Ou por não se sentirem à vontade em falar de suas particularidades pelo fato de não ter se desenvolvido essa abertura para o diálogo em sua família.
Há os casos em que um filho que pratica bullying e não sofre uma reprimenda dos pais.
Outros desrespeitam as normas de convívio em grupo e em sociedade.
A não correção de comportamentos desrespeitosos e antissociais deles poderá parecer que aquela atitude ruim tenha um tipo de autorização dos seus pais.
Não fazer nada é uma aceitação e conivência com a conduta do filho. Por exemplo, se um pensamento discriminatório do filho não vier do ambiente e contexto familiar, os pais deverão saber intervir e corrigir seu filho para que mude seu pensamento e conduta equivocada.
O preconceito racial, a homofobia, a ridicularização de pessoas com baixo poder aquisitivo, a discriminação do trabalho da mulher são crenças equivocadas que os filhos veem e ouvem o seu pai e sua mãe praticando diariamente.
Por exemplo, um filho que bate na mãe tem a conivência e permissão do pai que assiste à agressão sem reprimir o filho.
Seu filho será, em grande parte, uma consequência do modelo educacional que recebeu no convívio familiar.
A educação está diretamente relacionada com a percepção e as crenças que a criança construiu a partir do que viu e ouviu do seu pai e sua mãe no convívio diário com eles.
A sua permissividade com o comportamento errado e desrespeitoso dos seus filhos reaparecerá mais adiante, na juventude ou na vida adulta, como um distúrbio psicológico, um sentimento de culpa, uma fragilidade, uma insegurança por inabilidade no trato e no convívio social.
Nós estamos nesse mundo e nessa sociedade para melhorá-los o tempo todo. Nossas ações transformam ou pioram o ambiente onde vivemos.
Seja você um modelo de pessoa do bem. O seu exemplo e suas ações falam mais que palavras.
Se o seu filho não seguir um bom caminho de relacionamento e de convívio, ele poderá sofrer e passar por muita dificuldade na vida adulta.
Se o seu filho vai repetir o seu padrão comportamental como pai ou como mãe, que ele reproduza a pessoa boa e humanizada que há em você, porque é desse tipo de gente que o mundo precisa.
O caráter de uma criança é construído dentro de casa. A mão dos pais é que direciona a vida e o comportamento do filho, que farão desse mundo um bom lugar para se viver, com harmonia, esperança e alegria.