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Papo de Família

Papo de Família

Colunista

Cláudio Miranda

Adoção é um ato de amor

| 25/09/2021, 09:07 09:07 h | Atualizado em 25/09/2021, 09:12

A chegada de um filho adotivo numa família é motivo de alegria e contentamento tanto quanto a de um filho consanguíneo. No entanto, para muitos leigos, e mesmo profissionais, o filho adotado é visto como um problema futuro para aquela família. Isso é um erro absurdo!

A adoção é uma solução e não um problema. Os que pensam o contrário estão tristemente equivocados.

Crianças adotadas se tornam adultos brilhantes quando são bem educadas. Da mesma forma, filhos consanguíneos se tornam indivíduos de mentalidade medíocre, mimados e frágeis quando mal educados pelos pais. O problema não passa pela consanguinidade e sim pelas relações que essa criança e sua família estabelecerão ao longo de sua vida.

Alguns acreditam que o filho tem um determinado problema porque é adotivo. A adoção não pode ser colocada como preditor de problemas para a criança. Se ela apresentar alguma dificuldade ao longo de sua vida, isso poderá acontecer também a quaisquer crianças não adotadas. Os especialistas ao diagnosticar uma criança deverão fazê-lo sem hipervalorizar a adoção sob pena de cometer erros.

A criança adotiva deve ser informada sobre sua adoção de forma natural assim que ela puder entender a situação. Se ela perguntar algo a mais, pode ser informada. Com o passar dos dias esse assunto deve ir entrando num lugar de normalidade e deixar de ser tão importante. Então não há o que se falar sobre isso. O problema antes era uma criança sem pais e pais sem filhos. Com a adoção, a situação foi resolvida. A vida tem outros desafios que precisarão da nossa atenção e energia.

Há casais que estão sempre lembrando ao filho que ele é adotivo e falando para outras pessoas na frente dele. A cada vez que isso acontece passa-se a ideia de que ele é um estranho e não pertence àquela família.

Infelizmente a criança adotada às vezes é vista como alguém diferente, problemática ou sujeita a comentários maldosos e críticas. Se ele cometer um erro, alguém poderá dizer: “Também pudera, ele é adotivo”.

O preconceito com as crianças adotadas é uma realidade que precisa ser superada. Alguns pais perguntam se devem informar à escola sobre a adoção da criança. Isso é irrelevante porque nada irá mudar pedagogicamente quando um aluno for adotivo.

Quando eles dizem que querem conhecer os pais “verdadeiros” ou os pais biológicos, eu informo que os pais verdadeiros já conhecem; que são aqueles que se desdobram em carinho e atenção a eles no dia a dia. Eu digo que quem eles querem conhecer são os genitores.

A adoção é um ato de amor de quem adota e de quem é adotado. A relação entre os pais e a criança vai se estreitando a cada dia, assim como ocorre com filhos consanguíneos. A referência de amor e cuidado dessas crianças são os pais que as acolheram e se tornam as pessoas mais importantes e significativas que alguém poderia ter. A isso damos o nome de MÃE e de PAI em qualquer formato de família, homo ou heterossexuais.

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