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Papo de Família

Papo de Família

Colunista

Cláudio Miranda

Aceite seus defeitos

Coluna foi publicada no sábado (1º)

Claudio Miranda | 03/06/2024, 10:37 10:37 h | Atualizado em 03/06/2024, 10:38

Imagem ilustrativa da imagem Aceite seus defeitos
Cláudio Miranda é terapeuta individual e familiar, psicopedagogo clínico, pós-graduado pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP |  Foto: A Tribuna

Vivemos em um mundo onde o certo é hiper valorizado e o erro é condenado e criticado. Desde pequenos somos conduzidos a mostrar perfeição em tudo que fazemos, e aí entramos em sofrimento. Você lida bem com seus erros?

Você aceita bem suas imperfeições e suas limitações? Não poder errar é algo que gera muita ansiedade e angústia.

Por causa disso, muitos se tornam perfeccionistas, detalhistas exagerados, e como consequência perdem a sua sensibilidade e leveza ao viver a vida. Pessoas certas demais tendem a se tornar rígidas, críticas e ácidas.

Na busca da perfeição, muita coisa própria da natureza humana se perde. O próprio processo de envelhecimento não é aceito.

As marcas e cicatrizes no corpo são condenadas. Existem determinadas normas e convenções, impostas pelo materialismo, que foram criadas para aumentar o consumo para sermos supostamente mais felizes.

O consumismo demasiado nos leva a buscar algo de fora para compensarmos algo que nos falta dentro, no nosso campo afetivo e emocional. Assim, vivemos insatisfeitos porque o tempo todo é lançado um novo produto para nos proporcionar a felicidade e o bem estar.

Quando você não se aceita na sua incompletude e nos seus defeitos, você tenderá a entrar em sofrimento e buscar recursos fora para compensar aquilo que acha que não é bom.

O sentimento de culpa é uma das consequências do fato de não se sentir suficientemente bom.

Há uma técnica centenária do Japão chamada “Kintsugi”, que consiste em reparar as peças de cerâmica quebradas valorizando as emendas com uma camada de pó de ouro. Essa técnica transformou-se numa filosofia de vida, uma vez que, diante dos erros e adversidades, aprende-se a aceitar e superar as cicatrizes.

A técnica Kintsugi valoriza as imperfeições e o desgaste das coisas com o passar do tempo. Ao invés de esconder as cicatrizes da peça, elas são valorizadas e expostas, revelando uma nova beleza e tornando a peça única.

Com pessoas, o processo é muito parecido, uma vez que nossas ações e atitudes geram marcas, tanto no próprio corpo quanto no comportamento.

É muito importante desenvolver a autoaceitação em vez de viver lutando contra seus defeitos e aquilo que vê como errado em você. Nesse caso, não significa que irá se conformar com o que se tem de ruim. Você passa a não ficar refém dos modelos sociais impostos do tipo ter que concluir a faculdade até determinada idade, se casar, ter filhos, trabalhar e tudo mais. Todas as expectativas e cobranças sociais passam a não te incomodar tanto e você passa a aceitar a sua própria humanidade.

Quando você compreende que tem defeitos como qualquer outra pessoa e que comete erros, passa a aceitar isso como algo normal e compreensível. No autoconhecimento você reconhece suas limitações e fica tranquilo sem sofrer por aquilo que não consegue ser ou por algo que não conquistou.

Viver bem é viver perfeitamente imperfeito, se aceitando com seus erros e acertos, porque é assim que se cresce e se evolui como pessoa. Quem aceita seus erros e defeitos tem maior capacidade de adaptação e de desfrutar de momentos mais felizes.

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