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Painel

Painel

Colunista

Folha de São Paulo

Sem freio

| 07/04/2020, 11:24 11:24 h | Atualizado em 07/04/2020, 11:27

Jair Bolsonaro foi descrito pelo presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (DEM-AP), em conversas reservadas, ontem, como o motorista de um caminhão em alta velocidade em direção a um muro, e que mesmo alertado de que vai bater, não para.

A imagem foi usada em referência à guerra fria travada com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Para observadores, a cada nova ameaça de demissão não cumprida, é Bolsonaro que se desgasta e passa a imagem de fraqueza.

Cena
A entrevista de Mandetta anunciando que vai continuar à frente da Saúde escancarou a fragilidade do Presidente, na avaliação de parlamentares.

Fala povo
O ministro da Saúde levou toda a equipe para falar com jornalistas, abriu espaço para representantes de entidades darem apoio à sua permanência, agradeceu até a imprensa pela preocupação com o seu futuro, mas não fez nenhuma referência elogiosa a Bolsonaro.

Lobby
Para integrantes do Judiciário, o auge da desmoralização do Presidente foi quando Mandetta teve, de novo, de desdenhar do uso da cloroquina antes da comprovação científica. O ministro disse que foi colocado em uma salinha depois da reunião com o Presidente para ouvir duas pessoas pedirem um decreto para liberar o uso. A salinha era dentro do Palácio do Planalto.

Martelo
A decisão do Ministério da Saúde de flexibilizar as medidas de isolamento a partir do dia 13 de abril, revelada pelo Painel, pode diminuir uma parte do confronto entre Mandetta e Bolsonaro, na avaliação de técnicos e parlamentares. Mas não deve ser suficiente. Para a classe política, a ruptura é irreversível.

Dedo de quem
A fritura do ministro é creditada, no Legislativo, ao filho Eduardo, que advoga nos bastidores pela nomeação de Nise Yamagachi, médica defensora do uso da cloroquina em pacientes com coronavírus. O deputado tenta, com isso, emplacar antagonismo com João Doria (PSDB) em São Paulo.

Eu quero
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), já avisou que, se Mandetta deixar o governo em algum momento, será nomeado seu secretário de saúde. “É inaceitável, inadmissível que uma pessoa com a competência do Mandetta vá para casa”, disse Caiado ao Painel. “Se eles não deram certo do lado de lá, paciência”.

Mais médicos
O Depen (Departamento Penitenciário Nacional) avalia que o sistema prisional brasileiro sofre com déficit de médicos. Segundo dados do departamento, há um profissional para cada mil presos, ao passo que a média para a população é de 1,86. O desfavorecimento da população carcerária também se aplica na oferta de dentistas.

Zerado
No caso de enfermeiros, o sistema prisional está mais confortável: há, em média, 1,83 enfermeiro para cada mil presos, ao passo que a média na sociedade é de 1,51. O Depen afirma que não acha correto falar em precariedade no sistema e destaca que ainda não há casos confirmados de contaminação pelo coronavírus nas prisões brasileiras.

Fake
Levantamento da DAPP-FGV (Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas) feito em 150 grupos públicos de WhatsApp, entre 22 de março e 5 de abril, mostrou mudança de tom nos comentários em relação a Mandetta. A partir da última sexta-feira, ganharam força xingamentos, e passou a circular um dossiê falso com denúncias de uma suposta renovação de contrato no valor de R$ 1 bilhão.

Plano infalível
Nas mensagens negativas, Mandetta é colocado como peça de um plano do DEM para desestabilizar Bolsonaro. São citados como parte da estratégia membros do partido como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, do Senado, Davi Alcolumbre, e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado.

Pimenta no dos outros
O principal disseminador no Twitter da notícia falsa de que Mandetta teria encabeçado a renovação do contrato publicitário é o empresário bolsonarista Winston Ling. Ironicamente, ele vinha se queixando de receber mensagens de cunho racista após o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) fazer acusações sobre o papel da China na pandemia do coronavírus.

Tiroteio
“Como em uma festa de casamento, alguém vai lá e fala uma bobagem, mas todos esquecem. O importante é o casório”.
De Alceu Moreira (MDB-RS), presidente da bancada ruralista, sobre o impacto da fala de Abraham Weintraub (ministro da Educação) na relação com a China.

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