Resta um
Símbolo da Lava a Jato, o delegado Igor Romário de Paula vai deixar a cúpula da Polícia Federal. O diretor-geral do órgão comunicou a decisão em reunião interna. A saída vai se dar em meio a uma reestruturação no órgão.
A diretoria chefiada pelo delegado, de combate ao crime organizado, deixará de existir, dando lugar a três novas pastas. Uma delas será exclusiva de combate à corrupção, e ficará com Thiago Delabary, policial que conduziu inquéritos sensíveis contra políticos nos últimos anos.
Chegadas
Romário virou diretor em 2019, escolhido por Maurício Valeixo, diretor-geral nomeado por Sergio Moro (Justiça). Os três se conheciam de Curitiba (PR) e atuaram juntos na Lava a Jato.
Partidas
Outros policiais que fizeram parte do círculo próximo do ex-juiz também chegaram a cargos importantes em Brasília nessa época. Romário era praticamente o último remanescente da leva.
Passou
Com vínculo mais conhecido com Moro, outros que deixaram os cargos após a saída do ex-ministro foram os delegados Márcio Anselmo e Érika Marena, considerados os pais da operação, e Rosalvo Franco, que era chefe da PF do Paraná quando foram feitas buscas na casa de Lula.
Voucher
Romário deve ir para o Canadá. Atualmente a PF tem no país um oficial de ligação, mas tenta criar um posto de adidância.
Muro
Em conversa com os membros do comitê nacional Lula Livre na última sexta, o ex-presidente manifestou preocupação com a possibilidade de que o STF decrete a suspeição do ex-juiz Sergio Moro, mas mantenha seus direitos políticos cassados por influência da ala lavajatista da Corte.
Chamado
O que pode evitar que isso ocorra, disse, é a mobilização popular. O comitê estuda fazer ações no dia 27 de fevereiro para pressionar pelo julgamento do habeas corpus.
Plaquinha
O governo João Doria (PSDB-SP) decidiu trocar o comando do Metrô de São Paulo. O secretário Alexandre Baldy (Transportes) pediu emprestado ao Ministério da Justiça um delegado da Polícia Federal para o cargo – hoje ocupado por Silvani Alves Pereira.
CV
O policial escolhido por Baldy, Joaquim Mesquita já foi chefe da PF em Rondônia e secretário de várias áreas no governo de Goiás. Ele responde a processo de improbidade administrativa.
Quem compra
Bia Kicis (PSL-DF) vai dar início a uma série de reuniões na semana que vem com deputados da oposição.
A ideia dela é se vender como moderada e apta para assumir a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) na Câmara, apesar do histórico.
A parlamentar é investigada em inquéritos que estão no Supremo, sobre fake news e atos antidemocráticos.
Sem chance
Ministros da corte dão como certo que ela não assumirá o cargo, seja por acordo ou por falta de voto. Reservadamente, afirmam que a principal restrição dentro da corte é pelo fato de Bia ter chamado Celso de Mello de “juiz de merda” em vídeo gravado em maio do ano passado.
Ex-amigos
Marcas deixadas pela eleição da Câmara ainda não dissiparam as mágoas de Rodrigo Maia (DEM-RJ) com ex-aliados. Desde então, nem o presidente da sigla, ACM Neto, nem Arthur Lira (PP-AL), até aqui companheiro de Maia no Parlamento, voltaram a se falar.
Deixe-me
O recado enviado para os políticos é que Maia quer ficar pelo menos dois meses em paz.
Excel
O Conselho Nacional de Justiça lança nesta semana o painel do Sistema Eletrônico de Execução Unificada, que integra mais de 1,2 milhão de processos em 30 tribunais. As implantações do sistema no Tribunal de Justiça de São Paulo e no Tribunal Regional Federal da 4ª Região estão em negociação.
Mantido isso
Além de ter tido vitória na esfera criminal, Michel Temer ganhou de Joesley Batista também na cível. O STJ rejeitou recurso e decidiu que o empresário terá que pagar R$ 300 mil de indenização ao ex-presidente.
Boca
Os dois casos são sobre entrevista de Joesley em 2017, em que ele disse que Temer comandava “a maior e mais perigosa organização criminosa do Brasil”.
Tiroteio
“Indiscutível o direito de qualquer partido lançar candidato a presidente. Qual programa e alianças para derrotar Bolsonaro?”.
Do governador Flávio Dino (PC do B-MA), sobre articulação de frente suprapartidária para se opor à reeleição do Presidente em 2022.