Reformulação
Desde a chegada de Marcelo Queiroga ao cargo de ministro da Saúde, a pasta já exonerou três militares que ocupavam postos importantes e três componentes do time de Eduardo Pazuello envolvidos em polêmicas.
Na última quarta, o tenente-coronel da reserva Jorge Luiz Kormann, que em novembro havia sido indicado para ocupar cadeira na diretoria da Anvisa por Jair Bolsonaro (que depois recuou), foi exonerado do posto de secretário-executivo adjunto do Ministério da Saúde.
Caserna
Kormann disse ao Painel que não entregou o cargo e que foi uma “substituição natural”. Ele foi internado na UTI no começo do ano com Covid-19. À época, ele defendia o kit composto por medicamentos sem eficácia comprovada contra o coronavírus.
Trio
Antes dele, o coronel Élcio Franco, o número dois da pasta, e o coronel médico Roberto Batista, diretor do departamento de engenharia de Saúde Pública da Funasa, também foram exonerados.
Menos
Airton Cascavel, empresário que encabeçou ações sem ter vínculo oficial (ele foi nomeado após revelação do Painel), Zoser Hardman, criminalista que defendeu milicianos do Rio (como mostrou a coluna), e Marcos Arnoud, hipnólogo que trabalhava como marqueteiro de Pazuello, perderam os cargos.
Pergunta
Queiroga tem dito que pretende colocar nomes técnicos na pasta.
Elevador
O Ministério de Minas e Energia e seus 12 órgãos vinculados tiveram explosão de mortes e casos de Covid-19 nos últimos três meses. Até janeiro, a pasta e as agências e empresas ligadas registravam 29 mortes. O mês de março terminou com 64 óbitos, segundo o ministério.
Multiplica
A Eletrobras tem o pior número, 26 mortes desde o início da crise do coronavírus. A Petrobras é a que foi mais impactada com o agravamento da situação da doença: até janeiro, a estatal havia registrado três óbitos, agora já são 19 vítimas do vírus.
Sem palavras
Chamada a se manifestar sobre ataques e acusações de Jair Bolsonaro contra governadores nas redes sociais, a Procuradoria-Geral da República até agora não respondeu. Bahia e Maranhão pedem ao STF para que postagens do Presidente sejam excluídas. O caso está com o ministro Dias Toffoli. Os autos foram enviados à PGR no dia 16 de março.
Aviso
Autor de uma recomendação para a Polícia Militar do Distrito Federal não mais prender manifestantes com base na Lei de Segurança Nacional (LSN), o promotor Flávio Milhomem afirma que o Ministério Público vai abrir investigações caso a orientação não seja atendida. Gestores poderão ser responsabilizados, segundo ele, no âmbito penal ou cível.
Censura
O promotor diz que legislação está sendo utilizada para “repressão a críticas e opositores”. Milhomem também afirma que a LSN foi feita em um regime de exceção que visava evitar qualquer tipo de enfrentamento.
Plano
Durante seminário em 2017, Carlos Franco França, atual chanceler, disse que a Agenda 2030, da ONU, que lista 17 objetivos a serem alcançados por todos os países até o fim da década, era um “marco no regime internacional de meio ambiente e em termos de diplomacia científica e tecnológica”.
Exemplo
“Um plano de ação para as pessoas, para o planeta, para a prosperidade”, completou. À época, ele era diretor interino do Departamento de Temas Científicos e Tecnológicos do Itamaraty.
Fora daqui
Em 2019, Jair Bolsonaro disse que a Agenda 2030 contém “nefasta ideologia de gênero e o aborto”. Na ocasião, vetou artigo que incluía a realização “das metas de desenvolvimento sustentável” da ONU do Plano Plurianual 2020-2023.
Alerta
Em audiência da Câmara na última quarta-feira com Milton Ribeiro (Educação), Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) indicou que Abraham Weintraub deverá ser candidato em 2022.
Lá vem ele
“E aqueles que tanto criticam e chamam de maluco, eu só digo o seguinte: cuidado, pois muito em breve ele pode estar lado a lado nesses debates no Congresso”, disse. Ribeiro foi louvado por deputados pelo simples fato de não ser Weintraub.
Tiroteio
“Bolsonaro fica com a live, o cercadinho e as férias? E os governadores têm que fazer tudo no lugar dele?”
De Flávio Dino (PCdoB-MA), governador, sobre o Presidente ter dito que Wellington Dias (PT-PI) deveria pagar auxílio ao povo do Piauí.