Pressão
O número de denúncias de assédio moral em órgãos públicos ligados ao governo federal no Ministério Público do Trabalho do DF aumentou 80% em 2020. Foram 54 no ano passado, contra 30 em 2019. Os casos nos Correios explodiram, com 20 ocorrências notificadas, sendo sete delas relacionadas à pandemia –em 2019, foram quatro acusações. A Caixa Econômica Federal, a segunda do ranking, tem cinco denúncias, quatro delas relacionadas à crise do coronavírus.
Volta
Na Caixa, dois registros foram por pressão para o retorno ao trabalho presencial.
Nacional
Responsável por coordenar a área que atua no combate às irregularidades trabalhistas na administração pública, a procuradora do trabalho Ilena Neiva afirma que houve um aumento em todo o Brasil de denúncias por assédio no setor público por causa da pandemia.
Virtual
“Nós temos identificado aumento crescente das denúncias em relação ao home office e retorno dos grupos de risco, pressão das chefias para que essas pessoas retornem”, afirmou ao Painel.
Outro lado
A Caixa diz que desde o início da pandemia estimula o home office para cargos que admitem o trabalho remoto e manteve funcionários de grupos de risco em casa. Os Correios afirmam que o aumento de casos se deve à iniciativa da estatal de divulgar a existência de regras para efetuar as denúncias.
Nem tanto
Menos da metade dos que aprovam Bolsonaro (39%) avalia que ele está tendo o melhor desempenho entre os chefes de poderes executivos na pandemia, mostra o Datafolha realizado na última semana.
Rivais
De acordo com a pesquisa, prefeitos são apontados por 27% deste grupo, e 18% indicam os governadores como destaques no combate ao coronavírus.
Pesquisa
O Ministério da Justiça consultou secretarias e órgãos vinculados sobre projetos no sentido de “tipificar como terrorismo as invasões de propriedades rurais e urbanas no território brasileiro”.
Update
A pasta enviou uma planilha de temas e pediu que os destinatários com projetos relacionados a preenchessem. O ministério descarta mudanças sobre o tema e diz que pretendia mapear propostas sobre pautas constantes no plano de governo da atual gestão.
Encaminhada...
Os ruídos de uma quase (nova) crise entre Poderes na última sexta-feira tiveram Rodrigo Maia (DEM-RJ) atuando nos bastidores. O ex-presidente da Câmara encaminhou uma notícia ao presidente do Supremo, Luiz Fux, que falava sobre suposta vontade de Bolsonaro de decretar estado de sítio.
... Com frequência
Fux também recebeu o mesmo link da reportagem por parte de colegas da Corte e resolveu telefonar para o presidente da República, que negou ter dito algo nesse sentido.
Entrelinhas
As declarações literais de Bolsonaro foram críticas a governadores que adotaram toque de recolher para conter o avanço do coronavírus. Ele fala em tomar medidas duras para impedir ações desse tipo, sem especificar a que se referia. Maia e ministros argumentaram a Fux que as falas do Presidente eram de conflito.
Mostre
O PDT entrou com uma ação no Supremo contra o governo federal por causa do risco de falta de insumos no combate à pandemia, especialmente medicamentos e oxigênio. O partido pede providências imediatas e que Bolsonaro apresente um plano detalhado para impedir que o desabastecimento ocorra.
F5
A legenda quer também que o STF determine que o governo atualize suas ações a cada 48 horas.
Climão
O deputado Delegado Pablo (PSL-AM) está na mira de seus colegas da Associação de Delegados de Polícia Federal por ter votado contra os interesses da categoria na PEC Emergencial. Em assembleia, servidores questionaram a diretoria do sindicato sobre a possibilidade de expulsão do parlamentar.
Fogo cruzado
Ele já foi alvo de busca e apreensão da própria corporação, em maio de 2020, investigado pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção e falsidade ideológica.
Tiroteio
“Depois que Lula entrou em cena, Bolsonaro levanta a bola de Ciro, processando-o. Tem tática política”.
De Rogério Arantes, cientista político, sobre o inquérito aberto pela PF para investigar Ciro Gomes (PDT-CE) após pedido do Presidente.