Padrinhos mágicos
Coluna foi publicada no sábado (06)
A pesquisa Datafolha mostrou a importância para Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (Psol) de reforçar a vinculação com seus respectivos padrinhos neste começo de campanha eleitoral. Boulos lidera entre os que se dizem petistas, com 38%, mas Nunes tem fatia relevante neste segmento, marcando 18%. Aumentar a identificação do psolista com o PT é uma prioridade e deverá ocorrer naturalmente à medida em que Lula entrar mais na campanha, acreditam aliados.
Alinhados
No caso do prefeito, o levantamento reforça o papel do governador Tarcísio de Freitas na candidatura. Nunes chega a 42% no grupo dos que avaliam como ótima ou boa a gestão estadual, enquanto Boulos não passa de 8%. A sinergia entre as esferas estadual e municipal será um dos motes da campanha à reeleição do emedebista.
De boa
A liderança folgada de João Campos (PSB) no Recife, com 75%, segundo o Datafolha, deve reduzir a pressão pela escolha de um candidato a vice com peso eleitoral. Aliados dizem que a situação confortável diminui ainda mais a possibilidade de o PT emplacar o companheiro de chapa.
Tá ok
O juiz Rodrigo Colombini, do TRE-SP, rejeitou liminar pedida pelo MDB contra o vereador Toninho Vespoli (Psol) por ter pago com recursos do gabinete uma revista que promovia Guilherme Boulos. O magistrado não viu pedido de voto de forma flagrante, “apenas menção à pré-candidatura, exaltação das qualidades do pré-candidato, apoio político e divulgação da pré-candidatura”.
De olho
A Assembleia Legislativa de São Paulo deve instalar em agosto uma CPI para discutir a situação dos moradores de rua. Embora seja direcionada a todo o estado, terá como um dos focos a situação na capital, coincidindo com o início da campanha eleitoral. A deputada Paula da Bancada Feminista (Psol), que será integrante, diz que priorizará o crescimento do número de pessoas nessa situação na gestão Ricardo Nunes, a precarização dos albergues e o sucateamento da estrutura de atendimento.
Quinhão
A bancada federal do PT, que tem 67 deputados, pleiteia participar da distribuição dos R$ 604 milhões de fundo eleitoral a que a legenda terá direito nas eleições. Os parlamentares destinariam parte desse valor para suas bases. A ideia enfrenta resistências entre membros da direção partidária, que veem privilégio indevido. Líder da bancada na Câmara, Odair Cunha (MG) afirma que o tema ainda está em aberto. “A forma como isso vai se dar é parte do debate”, diz.
Dupla dinâmica
O deputado petista Washington Quaquá (RJ) e o bolsonarista Eduardo Pazuello (PL-RJ) se juntaram para tentar evitar que a exploração e exportação de petróleo sejam taxadas na reforma tributária. Eles se reuniram na última quinta-feira (04) com Bernard Appy, responsável pelo tema no Ministério da Fazenda.
De novo
O Novo convidou o deputado Ricardo Salles (PL-SP) a se filiar novamente à sigla e disputar o Senado em 2026. Ele foi expulso em 2020 pelo então presidente da legenda, João Amoêdo, que desde então foi expurgado. O ex-ministro do Meio Ambiente diz que vai conversar com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, sobre a possível desfiliação.
Que tal?
O deputado estadual Eduardo Suplicy (PT-SP) dará uma palestra sobre a renda básica de cidadania, sua grande bandeira, no encontro que o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra) fará com pré-candidatos a prefeito e vereador ligados ou apoiados pelo movimento na semana que vem em Guararema (SP). Ele entrou em contato com dirigentes após saber do evento pelo Painel.