Oi, sumido
Coluna foi publicada nesta sexta-feira (22)
Envolvido por Mauro Cid em um suposto plano golpista, o ex-assessor da Presidência Filipe Martins submergiu desde o fim do governo Jair Bolsonaro. No início do ano, ele foi convidado pelo PL para trabalhar na área internacional, com salário de R$ 15 mil. Ensaiou aceitar, mas acabou recuando. Disse que tinha “outros projetos”.
No partido, a avaliação é que foi uma decisão acertada, pois não seria prudente seguir nos holofotes em um momento em que já se desenhava um cerco ao bolsonarismo.
Vem pra cá
Relatora da CPI do 8 de Janeiro, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) vai defender junto ao presidente da comissão, deputado Arthur Maia (União-BA), que o ex-ministro do GSI Augusto Heleno seja ouvido após a delação feita por Mauro Cid. O requerimento já foi aprovado. Agora, a relatora quer que o general compareça à CPI na próxima semana para esclarecer se houve ou não a consulta a militares.
Papo estranho
O secretário nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar, não vê razão para que se discuta neste momento a separação do Ministério da Justiça e Segurança Pública em duas pastas e diz que o tema só voltou pela especulação em torno da ida do ministro Flávio Dino ao Supremo Tribunal Federal. “A segurança é protagonista no ministério. A motivação para discutir uma divisão precisa ser outra”, diz.
Da onde vem o tiro
O secretário argumenta que o governo Lula precisou “arrumar a casa” após a gestão “autoritária” de Bolsonaro e atrair setores que não estiveram ao seu lado nas eleições. “É um debate inoportuno. Se for levantado pela oposição, é desonesto. Se for fogo amigo, é irresponsável”, disse.
G.I. Joe
O Ministério da Defesa já contabilizou US$ 1,1 bilhão em contratos fechados de vendas de equipamentos e insumos militares para o exterior neste ano. Em menos de nove meses, o valor é 70% maior com relação aos US$ 648 milhões do ano passado. O incremento atende a pedido feito no início do governo pelo presidente Lula aos ministros José Múcio (Defesa) e Geraldo Alckmin (Desenvolvimento) para que o setor bélico receba investimento e seja revitalizado.
Reparação
O PM reformado João Dias Ferreira foi condenado por crime de calúnia por ter acusado o ex-ministro do Esporte Orlando Silva, em 2011, de envolvimento em desvio de recursos de programa que distribuía verba a ONGs para incentivar prática de esporte. Na época, Orlando renunciou ao cargo. O juiz Márcio Guardia substituiu a pena de 2 anos e 8 meses de prisão por prestação de serviços e multa de R$ 13.200.
Bicadas I
Ameaçado de ser afastado da presidência do PSDB da cidade de São Paulo e até de expulsão, Fernando Alfredo diz que seus rivais querem dar um “golpe” e levar o partido a apoiar Tabata Amaral (PSB) à prefeitura no ano que vem. Ele cita o prefeito de Santo André, Paulinho Serra, o vereador da capital Xexéu Trípoli e o ex-secretário municipal de Habitação Orlando Faria como responsáveis.
Bicadas II
“Estão tentando dar um golpe no diretório municipal. Tiveram todas oportunidades de participar dos processos internos no partido e não quiseram”, diz Alfredo, que defende o apoio à reeleição de Ricardo Nunes (MDB). No domingo, ele foi reeleito em uma convenção não reconhecida pelo diretório estadual.
Bicadas III
A direção nacional do PSDB vetou a filiação do senador Marcos do Val (ES), que estava no Podemos. Sua chegada formaria uma bancada tucana de três senadores, dando direito a estrutura de liderança. A avaliação é de que haveria prejuízo à imagem do partido. O parlamentar é investigado pelo STF por ter supostamente participado de um plano golpista junto com Bolsonaro.
Me inclua fora
O ex-deputado federal Alexandre Frota (SP) saiu do Solidariedade, após o partido fechar questão pelo apoio à reeleição do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). O motivo, segundo ele, é a aproximação de Nunes e Bolsonaro. “Não posso apoiar ou compactuar com Bolsonaro e Nunes, não penso assim”, disse ele, que estava na sigla desde janeiro.
Copyright
O prefeito de Sorocaba (São Paulo), Rodrigo Manga (Republicanos), usou sem autorização o nome e a marca da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) para lançar um documento pela criminalização da Marcha da Maconha. Bolsonarista, ele disse no portal da prefeitura que a entidade estava em campanha contra o evento. Procurada, a FNP disse que não tem posição sobre o tema e pediu a Manga para retirar a menção.