Idade Média
Coluna foi publicada nesta quinta-feira (26)
Depois de aprovar projeto que proíbe casamento homoafetivo e de tentar votar um texto que barra o aborto legal, a Comissão de Previdência da Câmara quer votar até o fim do ano a chamada “cura gay”. “Todo projeto tem que ser votado.
Se é para aprovar ou para rejeitar, tem que ser votado”, diz o presidente do colegiado, Fernando Rodolfo (PL-PE). O projeto é do ex-deputado Ezequiel Teixeira (RJ), pastor evangélico. A comissão tem se notabilizado por ser um reduto bolsonarista.
Anacrônico
O projeto diz que o profissional de saúde mental pode “atender e aplicar terapias e tratamentos científicos ao paciente diagnosticado com transtornos psicológicos da orientação sexual”. Além disso, o especialista não poderá ser punido por órgãos de classe. A suposta cura gay usava brecha da Organização Mundial de Saúde, que em 1990 retirou homossexualismo da lista de distúrbios.
Discurso e prática
O presidente Lula demitiu Rita Serrano da presidência da Caixa uma hora antes do lançamento da iniciativa Brasil Sem Misoginia, do governo federal. Um dos objetivos do programa é “apoiar mulheres em espaços de poder e de decisão”. O evento iria ocorrer no auditório do banco como deferência a ela, mas acabou transferido para um centro de convenções.
Saída livre
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, diz que dará uma carta de autorização para o deputado Ricardo Salles (SP) se desfiliar do partido caso Jair Bolsonaro peça. “Aqui o Bolsonaro não pede, ele manda”, diz Valdemar. Apesar disso, ele afirma que o ex-presidente sabe que um candidato de direita como Salles “não teria chance” de ganhar a eleição para prefeito de São Paulo.
Trilhos
O governo de São Paulo assinou financiamento com o BNDES no valor de R$ 1,5 bilhão para as obras da linha 6-Laranja do Metrô. Será o quarto financiamento da instituição para a obra, totalizando até agora R$ 5,4 bilhões. A linha, com 15 estações e 15,3 km de extensão, tem inauguração prevista para 2026. A estimativa é transportar 630 mil passageiros por dia.
Bola…
O Ministério da Cultura travou a nomeação do diplomata Hayle Gadelha para a assessoria internacional da pasta pelo fato de ele ter trabalhado brevemente na Presidência no governo Jair Bolsonaro (PL). O trâmite de sua transferência da embaixada na Argentina, onde é adido cultural, para o novo posto já estava em estágio avançado no Itamaraty. A justificativa foi de que a indicação poderia gerar embaraço para a ministra Margareth Menezes.
…preta
“Sou um servidor de Estado, o Itamaraty tem a compreensão disso. Repudio qualquer associação com o governo anterior”, disse ele à Folha. O Minc não quis comentar.
Marcha à ré
O movimento global BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções), pró-Palestina, critica a aprovação de acordos com Israel pelo Congresso brasileiro no último dia 18 e pede que sejam revogados. O grupo se diz “profundamente chocado” e afirma ser “particularmente vergonhoso” que um seja na área de segurança.