Favas contadas

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) incluiu a privatização da Sabesp no projeto de Lei Orçamentária Anual |  Foto: Reprodução/X

O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) incluiu a privatização da Sabesp no projeto de Lei Orçamentária Anual que enviou para a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) na segunda-feira (02). Apesar de as receitas da venda da empresa já estarem consideradas no Orçamento de 2024, a desestatização ainda depende do aval da Alesp. Partidos de oposição, como PT e Psol, são contra a venda. No documento, o governo projeta receber R$ 14 bilhões com a alienação de bens e cita a Sabesp e a Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A.).

Rega
Um estudo do gabinete do deputado Paulo Fiorilo, líder do PT na Alesp, mostra que, em comparação, o Orçamento de 2023 estipulou ganho de R$ 3,5 bilhões com a venda dos bens estatais.

Convocado
Presidente do PSDB, o governador Eduardo Leite (RS) escolheu o aliado Orlando Faria para comandar o diretório tucano da capital paulista até a realização de uma nova convenção, ainda sem data definida. Faria foi secretário municipal e atualmente é tesoureiro estadual do partido.

Tudo mudou
A escolha representa risco para o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que com o antecessor de Faria, Fernando Alfredo, tinha a certeza do apoio do PSDB à sua reeleição. Faria tem sido um crítico da gestão, apontando desvirtuamento do programa de governo de Bruno Covas (PSDB).

Quem te viu
Secretário de Saúde do governo João Doria durante a pandemia, o infectologista Jean Gorinchteyn integra grupo organizado por Guilherme Boulos (Psol) para discutir problemas da capital. O deputado é pré-candidato à Prefeitura de São Paulo. Gorinchteyn diz que Boulos “tem se mostrado uma figura muito madura, com perfil muito diferente do que apresentava anos atrás”.

Barreira
Prefeitos reagiram com incômodo à mudança estudada no Ministério da Fazenda que pode reduzir a base de cálculo do piso constitucional da Saúde. Vice-presidente da área de Saúde da Frente Nacional de Prefeitos, Dário Saadi (Republicanos), de Campinas, diz que estuda medidas para impedir o avanço da proposta.

Agora vai
Após meses de congelamento, a gestão Ricardo Nunes (MDB) publicou decreto de desapropriação de um terreno em Cidade Tiradentes, na zona leste de São Paulo, que em maio foi o estopim para que o então secretário municipal de Habitação, João Farias, pedisse demissão.

Liberada
À época, Farias dizia que não assinaria o decreto com a justificativa de que privilegiaria uma empresa específica, a UsuCampeão, no projeto habitacional Pode Entrar. Sem o decreto, a empresa seria desclassificada. Com ele, a empresa poderá avançar em projeto pelo qual a prefeitura poderá pagar cerca de R$ 1,1 milhão.

Outro lado
Em nota, a gestão Nunes afirma que o decreto “não tira as condições de livre concorrência em qualquer projeto habitacional desenvolvido para o local citado” e que o projeto da UsuCampeão “gerou economia de cerca de R$ 50 milhões ao erário”.