Fala que eu te escuto
Coluna foi publicada nesta quinta-feira (14)
Guilherme Boulos (PSOL) bateu o martelo sobre a contratação do marqueteiro Lula Guimarães para disputar a Prefeitura de SP. O publicitário comandou a vitoriosa campanha de João Doria ao cargo, em 2016, além de ter trabalhado com Geraldo Alckmin e Marina Silva, entre outros. Uma das primeiras ações será criar um site para recolher depoimentos da população com vistas a construir um programa de governo. A expectativa é que naturalmente surjam críticas à gestão Ricardo Nunes (MDB).
Muro das lamentações
“Não é o momento de ataque de Boulos à atual gestão, é o momento de ouvir as pessoas. Se ataques vierem, virão da população”, diz Guimarães. A campanha terá um forte componente nacionalizado. Boulos pretende grudar sua imagem na de Lula, e a de Nunes na de Jair Bolsonaro (PL), que tem forte rejeição na cidade.
Papel...
O governador de SP, Tarcísio de Freitas, entregará hoje 533 títulos de regularização fundiária no Pontal do Paranapanema, palco de disputas agrárias e com forte atuação de movimentos como o MST. A ação faz parte de um programa de entrega de terras devolutas a assentados que vivem nelas.
...passado
O programa “Paz no Campo” é inspirado em um projeto do governo Bolsonaro. Ele é criticado por movimentos sem-terra e partidos de esquerda, que dizem que tira o foco da reforma agrária.
Voltei
Ferrenho crítico da descriminalização de drogas, o deputado Osmar Terra (MDB-RS) participou de debate organizado pela Juventude do MDB sobre o tema ao lado de um delegado favorável à liberação de entorpecentes. O ex-ministro da Cidadania de Bolsonaro ficou conhecido por suas posições antivacina na pandemia.
Da cor do pecado
A deputada Carla Zambelli (PL-SP) implicou com a capinha vermelha do celular de uma assessora da Câmara ao encontrá-la num corredor. “Essa cor aí, ele é ladrão, ele roubou”, disse, numa referência a Lula. A dona do aparelho disse que vermelho era sua cor favorita e saiu andando.
Marco...
O ministro Silvio Almeida afirma que tratados como o que criou o TPI (Tribunal Penal Internacional) traduzem “avanços importantes do país no campo da proteção e promoção dos direitos humanos”. Questionado pelo Painel, o titular da pasta dos Direitos Humanos diz que “em momento algum o governo deliberou ou sequer discutiu a saída do Brasil do Estatuto de Roma [que criou a corte]”.
...civilizatório
O ministro ressalva que o debate sobre as assimetrias nas relações de poder internacionais é importante. Ontem, seu colega Flávio Dino (Justiça) afirmou que o tribunal funciona de modo desequilibrado, com o Brasil como signatário e países como EUA e China de fora. Ele mencionou a possibilidade de o país discutir deixar a corte.