Esparadrapo
Os dois professores investigados pelo governo federal por suposto “desrespeito” e “desapreço” a Jair Bolsonaro terão que participar de curso de ética pública para uma espécie de reciclagem. A medida está prevista nos Termo de Ajustamento de Conduta assinados por eles para colocar fim aos processos de que viraram alvo.
Eraldo Pinheiro, da Universidade Federal de Pelotas, classifica o episódio como parte de uma retórica agressiva em que o governo tentar “silenciar o outro lado do diálogo”.
Só por isso
O processo, amplamente criticado, foi aberto porque a CGU entendeu que as críticas foram feitas em uma live nos canais oficiais da universidade, ou seja, no local de trabalho deles.
Segue
“A mensagem que a gente passa é que vamos continuar lutando pela autonomia da universidade, continuamos com o trabalho aqui na nossa comunidade e os pensamentos não serão cerceados, isso eles podem ter certeza”, disse Pinheiro à coluna.
Explicações
A liderança da minoria na Câmara, que representa os partidos de oposição e é liderada por José Guimarães (PT-CE), enviou representação à Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo a apuração de responsabilidades do Ministério da Educação pelo envio de um ofício às universidades federais sobre punição a atos políticos.
Lanterna
No documento da pasta, há pedido para “prevenir e punir atos político-partidários nas instituições públicas federais de ensino”.
Mesão
O almoço de Jair Bolsonaro em dia de recorde de mortes, na terça-feira, foi duramente criticado por parlamentares da oposição. Fábio Trad (PSD-MS) afirmou que se enoja com o episódio. Como mostrou o Painel, o Presidente foi descrito como “alegre” e “bem descontraído” por participante.
Conjunto
“Não é tanto pelo leitão, mas pela descontração festiva da mesa farta de altas gargalhadas no mesmo dia em que os cemitérios brasileiros mais receberam corpos vitimados pelo vírus. É isto que choca. É isto que afronta. É isto que enoja”, escreveu Trad.
Bora
A Frente Nacional dos Prefeitos registrou até ontem 649 cidades interessadas em aderir ao consórcio para compra de vacina, sem participação do governo Bolsonaro. Segundo Jonas Donizette, presidente da entidade, a expectativa é criar o consórcio até dia 22 de março.
Branquinho
Os governadores do Maranhão e da Bahia entraram com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) em que pedem que o presidente Jair Bolsonaro remova ou corrija a postagem de 28 de fevereiro em sua conta no Twitter sobre repasses aos estados.
Falso
No documento, os representantes jurídicos dos governadores Flávio Dino (PCdoB) e Rui Costa (PT) classificam as informações divulgadas pelo presidente como enganosas e fake news.
Reincidente
“Deve-se ressaltar que é prática contumaz e reiterada do atual chefe do Poder Executivo Federal promover a desinformação como meio de manipular a opinião pública”, diz trecho do processo. A ação foi distribuída para o ministro Dias Toffoli, que terá que decidir sobre o tema.
Tchau, tchau
Em encontro com cerca de 500 dirigentes de partidos, centrais sindicais e movimentos populares, a campanha “Fora Bolsonaro” decidiu marcar para 24 de março a próxima mobilização nacional contra o presidente da República.
Saída
Entre as pautas: pedido de lockdown nacional, a aceleração da vacinação, leitos e auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia. A ideia do grupo é a de fazer paralisações, trancaços de estradas e ações simbólicas.
Alvo
Um dos médicos do Corinthians, Júlio Stancati, recém-vacinado, está no grupo de contaminados no surto de Covid-19 no clube. Ele tomou as duas doses da Coronavac. A suspeita é de que já estivesse infectado quando tomou a segunda, na segunda-feira.
Efeito
Ele foi internado para tomar anticoagulante e evitar o risco de trombose. Stancati afirmou à coluna que está bem e que acredita que o fato de ter tomado a primeira dose pode ter ajudado a minimizar o quadro, tendo apenas sintomas leves. Dezenove pessoas estão com a doença no clube.
Tiroteio
“Vai ser a maior tragédia humanitária da história do País. O que vimos em Manaus vamos ver no Brasil inteiro”
De Edinho Silva (PT), prefeito de Araraquara (SP), sobre o aumento no número de casos de Covid-19 no País, ao criticar Bolsonaro