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Colunista

Folha de São Paulo

Curto-circuito

Jornal A Tribuna | 15/09/2022, 10:45 h | Atualizado em 15/09/2022, 10:46

A agressão à jornalista Vera Magalhães provocou um realinhamento no bolsonarismo, unindo alas que sempre viveram às turras. Expoente do centrão, Ciro Nogueira (Casa Civil) recebeu aplausos de olavistas por ter dito que o fato de o celular de Douglas Garcia (Republicanos) ter sido atirado longe era “mil vezes mais grave” do que a ofensa em si. “A direita tem mais a aprender com o centrão do que imagina”, disse Silvio Grimaldo, ex-assessor do filósofo, morto em janeiro.

Vitamina 

 Já o vice Hamilton Mourão (Republicanos) coincidiu com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), a quem já chamou de “bananinha”, ao condenar o ato contra Vera. A bateção de cabeça deixou muitos na base do Presidente confusos sobre qual posição adotar.

Nem aí 

 Grupo ao qual Garcia pertence, o Movimento Conservador já teve problemas com Eduardo Bolsonaro no passado. O tuíte do filho do Presidente contém críticas à entidade, vista como indomável.  “O desprezo é a melhor resposta”, diz Edson Salomão, presidente do grupo e candidato a deputado estadual (Republicanos).

Segundo plano 

 A campanha de Tarcísio de Freitas (Republicanos) comemorou o desempenho do candidato no debate e o fato de que sua origem carioca sumiu no discurso dos adversários. Isso só aumentou a irritação com o caso Vera Magalhães, que roubou os holofotes nas horas seguintes.

Com quem andas 

 Rodrigo Garcia (PSDB) não pretende deixar a ligação de Tarcísio com Douglas Garcia esfriar. Postou um vídeo dos dois juntos para rebater a declaração do adversário de que “mal conhecia” o autor da agressão contra a jornalista. O governador acha que pode desfazer a imagem “light” do ex-ministro por meio de seus aliados.

Basta 

 A campanha de Lula (PT) entrou com pedido no TSE para que sejam tomadas providências sobre os recorrentes casos de intolerância e violência política na atual campanha. Um dos pedidos é criar um canal direto no site do tribunal para fazer denúncias.

Sem teto 

 O diretório paulistano do PT é alvo de uma ação de despejo. O proprietário do imóvel cobra R$ 267 mil de aluguéis não pagos desde setembro de 2021, IPTUs em aberto desde 2018 e juros. Presidente municipal do partido, Laércio Ribeiro reconhece a dívida, afirma que a situação do PT na capital nunca foi fácil e diz que sua disposição é a de dialogar e buscar um acordo.

Pense bem 

Presidente licenciado da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros) e candidato a deputado federal em SP pelo PDT, Antonio Neto classifica de “assédio eleitoral” nota de outras centrais pedido que eleitores de Ciro Gomes votem em Lula (PT) para definir a disputa no primeiro turno. Segundo ele, a ação é burra e pode dinamitar aproximação futura.

Atestado 

A Polícia Federal prendeu ontem  o candidato a deputado estadual bolsonarista Sidney Leite (PTB-AP). Delegado licenciado da Polícia Civil, ele supostamente facilitou a saída de um líder de facção criminosa por meio de um esquema de laudos médicos falsos. 

Em sua propaganda, Leite diz que “respira” segurança pública e que com o tema “não se brinca”.

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