Conta salgada
Coluna foi publicada nesta terça-feira (07)
O Ministério dos Transportes estima em mais de R$ 1 bilhão o prejuízo com estradas e pontes causado pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul. “É uma avaliação preliminar, só vamos saber a real dimensão quando as águas baixarem”, diz o ministro Renan Filho. Segundo ele, a pasta reservou R$ 1,7 bilhão para ser investido no estado em 2024. “Esse é o recurso total para todas as obras de manutenção. Ou seja, só a reconstrução do que foi danificado já paralisa grande parte do que está programado”, afirma.
Prioridades
No momento, diz Renan Filho, o foco está em reabrir rodovias para passagem de veículos de resgate e que levam bens essenciais para todas as regiões do estado. “Acreditamos que em 48 horas isso poderá ser feito”. A liberação para o tráfego em geral deve demorar alguns dias.
Sem burocracia
O Ministério do Trabalho prepara uma portaria para flexibilizar e agilizar a liberação de FGTS, seguro-desemprego e abono salarial de quem mora nos 336 municípios atingidos pelas cheias e incluídos no decreto de calamidade do governo federal. A medida deve ser adotada ainda nesta semana pelo ministro Luiz Marinho, que acompanhou o presidente Lula no fim de semana em visita ao Rio Grande do Sul.
Emergência
A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado incluiu na pauta desta terça-feira (07) projeto que cria a política nacional de gestão de risco de desastres, que tem como objetivo reduzir a possibilidade de um evento adverso se transformar em uma tragédia, em meio às enchentes no RS. O texto é do senador Marcos Pontes (PL-SP) e foi pautado pelo presidente da comissão, Vanderlan Cardoso (PSD-GO).
Faz o pix
A Frente Nacional de Prefeitos vai pedir aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que acelerem a tramitação de projeto que permita doação em dinheiro de uma prefeitura para outra. “Hoje, não há previsão legal, a insegurança jurídica é muito grande”, diz Gilberto Perre, secretário-executivo da entidade.
Novo endereço
O deputado Alex Manente (Cidadania-SP) propõe transferir a sede da COP 30, que ocorrerá em novembro de 2025, de Belém (PA) para Porto Alegre (RS). Ele pretende levar a sugestão para os demais líderes partidários na Casa. O argumento é que com isso será possível ver na prática as consequências da crise climática.
Tabelado
Presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara, Daiana Santos (PCdoB-RS), apresentou projeto para proibir fornecedores de produtos ou serviços de aumentar sem justa causa os preços em situação de emergência ou calamidade pública como a do Rio Grande do Sul.
Especialista
O governo Tarcísio de Freitas indicou o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, para o conselho fiscal da Cetesb, companhia ambiental do estado. Desde que foi nomeado, em setembro, ele passou a receber remuneração extra de R$ 6.580 por mês – como secretário, seu salário é de R$ 31.115, além de ter direito a aposentadoria de R$ 9.663 por ser capitão da reserva da PM.
Tudo ok
A gestão estadual afirma que a indicação “atende às exigências e critérios estabelecidos pela legislação sobre a nomeação de representantes dos governos para conselhos de empresas de economia mista.” A pasta não respondeu quais as qualificações de Derrite para ocupar cargo em uma companhia ambiental.
Profissão perigo
O ator mexicano Eduardo Verástegui será um dos participantes da Cpac Brasil, conferência conservadora que ocorrerá em Balneário Camboriú (SC) em 06 e 07 de julho. Ele ficou conhecido globalmente por produzir e atuar no filme “O Som da Liberdade”, um hit na direita com roteiro de ação em que agentes dos EUA resgatam crianças sequestradas por traficantes sexuais da Colômbia.
Mercado futuro
A Executiva Nacional do PT aprovou 64 candidaturas e alianças do partido em cidades com mais de 100 mil habitantes. A única polêmica se deu com relação a Francisco Morato (SP), onde o partido indicará o vice de Ildo Gusmão, do Republicanos. Apesar de ser da legenda do governador Tarcísio de Freitas, ele é um aliado petista na política local e promete apoio a Lula em 2026.
Best of
O Instituto Teotônio Vilela, do PSDB, preparou um levantamento com o que aponta como piores momentos dos mandatos da petista Dilma Rousseff. No domingo (12), completam-se oito anos que ela deixou o cargo, em meio a um processo de impeachment. “Uma experiência para ser conhecida e nunca mais repetida”, diz o documento.
Buraco
O texto aponta que a petista foi “responsável pela pior recessão econômica da história brasileira”, com redução de 6,7% do PIB em 2015 e 2016, e que a produção industrial encolheu 13,8% entre 2014 e 2016.