Calmaria
Coluna foi publicada nesta quinta-feira (25)
O governo Lula acredita estar em posição confortável na queda de braço com a gestão Tarcísio de Freitas sobre a modelagem da construção do túnel Santos-Guarujá. O estado foi praticamente excluído do processo. A gestão do petista diz que não é necessário novo projeto executivo para a obra, como vem sendo defendido pelo estado. A justificativa é que investimentos que envolvam PPP exigem apenas um projeto conceitual, para atrair o interesse de investidores, e não algo mais detalhado.
Me garanto
Outro argumento rebatido por Brasília é sobre o licenciamento ambiental. O governo de São Paulo diz ser essencial a participação da Cetesb. Já a gestão Lula entende que o órgão do estado pode até participar, mas bastaria a autorização do Ibama, autarquia federal, pelo fato de as obras serem de dragagem do canal do porto.
Nem aí
A estratégia dos bolsonaristas em São Paulo é não morder a isca lançada por Lula, que disse que a eleição municipal será entre ele e Bolsonaro. A ideia é fugir da nacionalização e investir na desconstrução de Guilherme Boulos como inexperiente e radical, deixando o presidente em segundo plano. Se for necessário, o próprio Bolsonaro pode dar um passo atrás para que a disputa fique mais focada entre o prefeito Ricardo Nunes e seu adversário.
No vácuo
Primeira-dama da capital, Regina Nunes diz ter ficado “muito indignada” com a decisão de Marta Suplicy de deixar a gestão do marido para ser vice de Boulos. As duas se aproximaram nos últimos anos e eram amigas. “Até mandei mensagem perguntando "Marta, o que está acontecendo? Vi as notícias na TV, e ela não me respondeu”, relata.
Escalação
Primeira vacinada contra a covid-19, em 2021, a enfermeira Mônica Calazans será uma das componentes da chapa de vereadores da candidatura de Tabata Amaral (PSB) à prefeitura. Outros destaques da lista são a cicloativista Renata Falzoni, a ex-deputada Patrícia Gama, a ex-primeira-dama do estado Lúcia França e o professor e ex-assessor da secretaria de Educação José Valdo.
Chumbo…
As críticas da economista Elena Landau à nova política industrial do governo Lula, feitas ao Painel, são a “velha retórica dos neoliberais anacrônicos,” diz José Luís Gordon, diretor do BNDES. “Landau não leu, não avaliou a proposta de política industrial e não estudou o que o mundo tem feito para indústria, e mesmo assim não aprovou a nova política industrial”, afirma.
…grosso
Ex-assessora da hoje ministra Simone Tebet (Planejamento) na campanha presidencial de 2022, Landau afirmou à coluna que o plano era ruim e que Lula estava “semeando o desastre” para seu sucessor, como fez com Dilma. Gordon rebate dizendo que o plano foi apoiado por entidades como CNI, Fiesp, Abimaq e Anfavea.
Chaga
Os ministérios dos Direitos Humanos e do Desenvolvimento Social lançaram ações nas redes sociais das pastas pela erradicação do trabalho escravo, em um cenário em que o Brasil registrou, no ano passado, mais de 3.400 denúncias, o maior número desde 2011. O objetivo é sensibilizar a sociedade e profissionais do SUAS (Sistema Único de Assistência Social) sobre a importância da erradicação do problema.