Brasil Paralelo
Coluna foi publicada nesta sexta-feira (08)
Deputados aliados de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) tentam emplacar comparação entre os manifestantes que entraram em confronto com a Polícia Militar na última quarta-feira (06) na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), em protesto contra a privatização da Sabesp, e as pessoas que invadiram as sedes dos três Poderes em Brasília em 08 de janeiro.
Gil Diniz (PL) diz que solicitará a Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), a inclusão do grupo em um dos inquéritos que tratam dos atos antidemocráticos do começo do ano.
Chico e Francisco
Vice-líder do governador na Alesp, Guto Zacarias (União) está colhendo assinaturas para criar uma CPI. “Assim como os vândalos que depredaram a Câmara em 8 de janeiro sofreram as consequências, os vândalos de esquerda também devem ser punidos, sem qualquer tipo de privilégio ou proteção”, afirma.
Distorção
A vereadora Luana Alves, do Psol, que acompanhou os manifestantes detidos na delegacia, afirma que os tarcisistas enfatizaram a comparação continuamente no local. “Em 08 de janeiro teve quebra de barreiras policiais, depredação e intenção golpista. O ato na Alesp foi legítimo”, diz.
Água parada
A Câmara Municipal de São Palo não votará a privatização da Sabesp em 2023. É o que diz Milton Leite (União), presidente da Casa, que critica o governo estadual pelo que enxerga como falta de informações para debater o tema. Ele cobra alguma estimativa do valor que ficará com o município após a venda das ações.
VAR
Relator do projeto de privatização da Sabesp, Barros Munhoz (PSDB) diz que não entende o que a oposição pretende ao acionar a Justiça para que a votação seja refeita sob o formato de Projeto de Emenda Constitucional. “A PEC precisa de 57 votos para ser aprovada, nós conseguimos 62 a favor. Querem perder de novo?”.
Sai do pé
Os vereadores Luna Zarattini e Hélio Rodrigues, do PT, denunciaram Rubinho Nunes (União) à Corregedoria da Câmara Municipal de São Paulo. Eles afirmam que as ações e falas do colega sobre o padre Julio Lancellotti configuram quebra de decoro e abuso de prerrogativas do mandato. Nunes se referiu ao pároco como “cafetão da miséria”, convocou-o a prestar depoimento e protocolou CPI para investigar ONGs que também atuam com pessoas em situação de rua e dependentes químicos no centro de São Paulo.
Homenagem
O presidente Lula (PT) e o ministro Silvio Almeida (Direitos Humanos) lançam nesta segunda (11) o Plano Ruas Visíveis, voltado à população em situação de rua, em cerimônia que deve contar com a presença do padre Julio. O plano busca promover a política nacional para a população em situação de rua e tem investimento inicial de R$ 982 milhões.
Museu...
O ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira defende que Fernando Sarney, um dos vices da entidade, assuma o órgão máximo do futebol. “Acho que a gente tem que inventar uma coisa nova. Estou pensando no Fernando Sarney. Ele tem tradição política, tem ligações com várias pessoas. Seria talvez, desses todos, o melhor candidato”, diz em mensagem a um amigo, obtida pelo Painel.
...de grandes novidades
Figura ainda influente na CBF, Teixeira, que presidiu a entidade de 1989 a 2012, atuou nos bastidores pela queda de Ednaldo Rodrigues, afastado na quinta-feira (07) pela Justiça, que determinou eleição em 30 dias.
Origens
A Medida Provisória criando programa do Ministério da Educação de bolsas para manter alunos pobres no ensino médio, que vai “caducar” por decisão do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), é inspirada no programa Cartão Escola 10, implantado pelo ex-governador Renan Filho (MDB) em 2021. Lira e Renan Filho, hoje ministro dos Transportes, são rivais ferrenhos em Alagoas.
Nada a ver
A MP tem vigência imediata, mas Lira vai deixá-la expirar para dar lugar a projeto semelhante da deputada Tabata Amaral (PSB-SP), com tramitação mais lenta. A decisão desagradou ao ministro Camilo Santana (Educação). Procurada, a assessoria de Lira afirmou que não há relação entra a decisão e a política interna do estado.
Grid
Faltando pouco menos de um ano para a eleição da OAB-SP, três candidatos de oposição já se movimentam: o consultor jurídico Alfredo Scaff, o ex-presidente do tribunal de ética Carlos Kauffman e o criminalista José Luís de Oliveira Lima.
A atual presidente, Patrícia Vanzolini, pode buscar a reeleição, mas existe a possibilidade de seu vice, Leonardo Sica, concorrer pela situação.