Bola preta

A cúpula da Polícia Federal barrou a nomeação do delegado Thiago Delabary para a chefia da delegacia de combate ao crime organizado da superintendência do Rio Grande do Sul. O investigador era coordenador-geral de repressão à corrupção, área sensível do órgão por hospedar o setor que investiga políticos.
Na sua gestão, a PF pediu para investigar o suposto pagamento de propina ao ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, delatado pelo ex-governador Sérgio Cabral.

Geladeira
Delabary foi retirado da coordenação em abril, logo após Paulo Maiurino assumir o comando da PF e, desde então, aguardava um novo cargo. O atual diretor-geral trabalhou na segurança do STF durante a presidência de Toffoli e mantém uma boa relação com o ministro.

Histórico
Internamente, a decisão de barrar Delabary tem sido classificada como mais um ato controverso da gestão de Maiurino. Em junho, a promoção de Franco Perazzoni para a chefia da área de Investigação e Combate ao Crime Organizado na PF de Brasília foi barrada pela direção após o delegado pedir buscas contra o então ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles.

Oprimida
A ativista de direita Sara Giromini, conhecida como Sara Winter, mostra descontentamento com Jair Bolsonaro e ao Painel diz que no Brasil há duas ditaduras: a do Supremo Tribunal Federal e a bolsonarista. “De um lado tem a ditadura do STF suprimindo a liberdade de expressão e, do outro, a ditadura bolsonarista que destrói qualquer um que não venere o Jair”, afirma.

Intocável
Presa em 2020 por ordem de Alexandre de Moraes no inquérito sobre os atos antidemocráticos, ela afirma que qualquer conservador que faça criticas a Bolsonaro sofre um assassinato de reputação e que o presidente perdeu aliados de “boa fé”, vítimas de ataques de seus apoiadores.

Discordo
Presidente do Instituto Teotônio Vilela, centro de formação política do PSDB, o deputado tucano Pedro Cunha Lima (PB) disse não concordar com a decisão da executiva do partido de se colocar como oposição a Bolsonaro.

Eu, não
“Não penso que fazer uma oposição sistemática a Bolsonaro, ao modelo que o PT faz, seja o papel que eu deva cumprir”, afirmou à rádio Correio FM. Lima apontou que o governo merece críticas, mas que ele não fará “oposição de quanto pior, melhor.”

Repertório
Durante o jantar em sua homenagem em São Paulo, o ex-presidente Michel Temer (MDB) foi um dos alvos do comunicador André Marinho, que também imitou Donald Trump, Joe Biden, Ciro Gomes (PDT) e João Doria (PSDB).

Sem graça
A imitação que André fez de Jair Bolsonaro viralizou e rendeu críticas ao grupo reunido na casa do empresário Naji Nahas. Opositores do presidente afirmam que Bolsonaro não é motivo de riso, é uma ameaça real à democracia, e apoiadores dele consideram que houve zombaria.

Sorria
Elsinho Mouco, marqueteiro de Temer e autor da gravação, diz que o Brasil está muito sério e que o bom humor faz bem. O vídeo da imitação de Bolsonaro foi distribuído por Paulo Marinho (PSDB), pai de André.

Intriga
“O presidente (Temer) falou: 'gente, se isso é crise, que seja com esse humor'. Eles querem jogar o Bolsonaro contra porque queriam o impeachment”, diz Elsinho sobre os críticos.

Contratação
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), “anunciou” em sessão no plenário que Marcel van Hattem (Novo-RS) será seu colega de partido em breve.

Que cabeça
“Todos já votaram no plenário? Eu ia perder ali nosso deputado, futuro progressista, deputado Marcel van Hattem”, afirmou Lira.

Fico
Van Hattem pertence à ala do Novo que é contrária à orientação de fazer oposição a Bolsonaro. O deputado diz que foi apenas brincadeira de Lira e que entrou no Novo para um projeto de longo prazo.

Bom filho
Ex-ministro de Temer e atual secretário da Fazenda de SP, Henrique Meirelles tem dito a aliados que está animado com a possibilidade de se candidatar ao Senado por Goiás. Pesquisas que ele encomendou mostram boa aceitação local, mesmo após anos afastado de sua terra natal.

Tiroteio
“Jair Bolsonaro é o bobo da corte para a burguesia brasileira e esse vídeo da sátira comprova isso”
De Alencar Santana (PT), deputado federal, sobre o vídeo do jantar com Temer em que o comunicador André Marinho satiriza Bolsonaro.