A alma do negócio
Coluna foi publicada nesta quinta-feira (08)
A Secretaria da Educação do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) realizou em julho uma apresentação aos gestores de escolas da rede estadual em que exaltou as supostas qualidades do modelo de escolas cívico-militares, sem contraponto.
Uma semana depois, em 1º de agosto, a gestão estadual abriu consulta de duas semanas à comunidade escolar a respeito da adesão ou não ao modelo.
O conteúdo da apresentação tem sido compartilhado por diretores, professores e responsáveis via WhatsApp.
Panaceia
O material lista levantamentos que dizem que o modelo reduz casos de violência e aumenta o respeito e a satisfação da comunidade escolar, e também reúne depoimentos elogiosos, que falam em orgulho e honra gerados pelo modelo. Nenhuma crítica é contemplada.
Choque
Os deputados Carlos Giannazi e Luciene Cavalcante e o vereador Celso Giannazi, do Psol, pediram ao Ministério Público de SP que intervenha para que a comunidade escolar tenha direito “à participação autônoma”. A Secretaria da Educação afirma que o objetivo da apresentação “foi detalhar o programa, apresentar exemplos e orientar sobre a consulta pública” e que o processo está sendo conduzido com transparência.
Controle
A Secretaria da Educação do governo Ratinho Junior (PSD), no Paraná, contratou a empresa de consultoria EY (Ernst & Young) para realizar “verificação independente” dos contratos de terceirização da parte administrativa de duas escolas públicas. O custo será de R$ 43 mil por um ano. Trata-se de projeto-piloto da gestão paranaense, que pretende estender a iniciativa para mais de 200 colégios.
Viva vaia
Candidata à Prefeitura de São Paulo pelo Novo, a economista Marina Helena decidiu convocar manifestação em frente à sede da TV Band durante o horário do debate, que começa às 22h15 desta quinta-feira (08). Ela recorreu à Justiça após não ter sido chamada para o evento pela emissora e conseguiu uma vitória em pedido liminar, que depois foi reconsiderado.
Pare
A unidade de auditoria especializada em saúde do Tribunal de Contas da União propôs à corte que determine a suspensão da chamada pública para seleção de movimentos sociais para a execução de ações do programa de formação de agentes do SUS. O Ministério da Saúde pretendia firmar parceria com grupos alinhados ao governo Lula (PT) e radicais de esquerda.
Alerta
A auditoria fala ainda em receio de grave lesão ao erário e ao interesse público. Para a área técnica, a seleção de movimentos sociais com base em critérios subjetivos e por meio de exigências brandas com relação à qualificação técnica para formação em saúde poderiam causar desperdício de recursos públicos.
À distância
O Ministério da Saúde instalou 98 pontos de internet e enviou 106 computadores para a área indígena de Roraima e Amazonas, em iniciativa inédita para implantar a telessaúde no território yanomami. A medida é uma resposta do governo à emergência em saúde pública vivida pelos indígenas desde 2023.