R$ 368 bilhões de prejuízo por causa da corrosão
Confira a coluna desta sexta-feira
Na última semana, Vitória sediou a 9ª edição do Seminário Espírito-santense de Corrosão, o terceiro maior seminário do Brasil sobre o assunto. A importância do evento se dá porque a corrosão é responsável por uma perda anual de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial.
Isso significa dizer que, no Brasil, em 2023, o prejuízo foi de R$ 368 bilhões. Os dados são de um estudo realizado pela empresa americana CC Technologies e revelam a importância de encontrar soluções para o problema sem agredir ao meio ambiente.
O grande desafio atual é trazer sustentabilidade para os desenvolvimentos tecnológicos frente à indústria. Essa sustentabilidade precisa passar pelo aspecto tecnológico, econômico e social.
As soluções propostas para o mercado precisam estar alinhadas com as normas, a aceitação, a certificação de novos produtos, tudo isso para mitigar ou diminuir o efeito da degradação por corrosão dos materiais.
Eventos como o da última semana, realizado pelo Sindifer em parceria com as grandes empresas do Estado, nos ajudam a fazer a ponte entre a tecnologia e as demandas do mercado.
Por estarmos localizados em uma região litorânea, prédios, pontes e as principais empresas do Espírito Santo são diretamente impactadas pela corrosão.
Assim, encontrar soluções para esse problema é importante para todos. Para além dos prejuízos econômicos, a corrosão também causa danos ao meio ambiente, com o aumento na emissão de gás carbônico, a liberação de substâncias tóxicas de impactos negativos para a saúde humana e a biodiversidade, além do aumento de resíduos sólidos em centros de reciclagem.
Dialogar é fundamental. Levar conhecimento aos jovens que logo estarão no mercado de trabalho, e reunir ideias inovadoras e práticas, que possam servir de insights para que as empresas mudem a forma como lidam com a corrosão.
Priorizar os programas de controle é fundamental para a preservação de estruturas e equipamentos, evitando danos e garantindo a segurança em diversas áreas, como a construção civil, a indústria e os transportes.
Esse é o ponto de partida para soluções que prolongam a vida útil dos materiais e economizam milhões de reais em manutenção e prevenção de falhas.
Imagine descobrir métodos revolucionários que podem transformar a resistência ao desgaste em um fator diferencial para a competitividade industrial?
O futuro exige de nós a capacidade de aprender e formar alianças poderosas que podem levar a um aumento na eficiência operacional, além de redução de custos e preservação do meio ambiente.
É nesse sentido que as estratégias de prevenção à corrosão podem se transformar em vantagens competitivas tangíveis.
Leonardo Cereza é presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Espírito Santo (Sindifer)