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Olhares Cotidianos

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Colunista

Prazer, Karnal!

Confira a coluna de Sátina Pimenta

Sátina Pimenta | 14/11/2024, 12:27 12:27 h | Atualizado em 17/11/2024, 11:03

No último domingo, o jornal A Tribuna foi um dos apoiadores da palestra “Prazer, Karnal”, que ocorreu no Centro de Convenções da capital do Espírito Santo.  Fui presenteada ao estar lá e viver uma das melhores experiências filosóficas da minha vida. 

E como boa colunista que sou deste lindo jornal, cá estou! Karnal não é apenas um dos maiores filósofos do Brasil, mas também um dos melhores oradores e, quiçá, comediantes da ironia contemporânea do viver.

Foram incontáveis gargalhadas daquelas bem altas.  Aprendi algumas lições com Karnal no dia 10 de novembro. Não vou colocar todas aqui porque não caberia.

Contudo, prometo, a minha cabeça explodiu! A primeira reflexão foi “só morre quem está vivo”. Muitos poderiam dizer “tá, já sei disso, parece lógico”. Mas não é!

Estar vivo não quer dizer estar respirando, mas sim estar presente na vida, no aqui agora, experimentando o mundo e tudo que está à nossa volta. Existir não é viver! Folhas de plástico existem, porém, não estão vivas.

Outra explosão ocorreu quando ele versa sobre a contingência. Afirma que nós não sabemos o que acontecerá amanhã. Isto foi muito legal, pois nas sessões de terapia eu vou um pouco além com os meus pacientes.

Quando eles me dizem “se eu tivesse feito isto ou aquilo, não estaria assim”, eu respondo: você não sabe! Você só sabe o que existe agora! Karnal também questionou ao ouvinte que lá estava: “quem é você?”.

As primeiras respostas dadas pela plateia foram seus nomes, os prenomes. Todavia, o filósofo refletiu que o nome é só um nome e ele não consegue nos identificar por completo.

Ironicamente, ele me deu um autógrafo me chamando de Fátima. E eu estou amando, até agora, minha contracapa do livro “O que Aprendi com Hamlet” rabiscada me desejando paz!

Acho que ele é adivinho além de filósofo, mas seguimos. Ele também nos pergunta se somos felizes. Solicitou que levantassem a mão aqueles que assim se sentiam naquele momento.

Após, ofereceu frases de reconhecidos pensadores, que diziam que a felicidade é baseada na ignorância, na estupidez ou na alienação.

Sabiamente retorna aos que estiveram com as mãos elevadas e os desafia a repetir o movimento depois da apresentação das frases.

Impactante e veemente, diz que aqueles que mantiveram a mão erguida dariam ótimos filósofos porque não se submeteriam às autoridades, haja visto serem conhecedores de si e assim não permitiriam que ninguém determinasse suas vidas ou sentimentos!

Minha amiga Hosana Dallorto foi uma delas. Que orgulho de você, minha amiga! Semestre que vem, eu me formo em Filosofia e, ao experienciar aquela tarde de domingo, percebi que realmente é impossível viver sem ela.

Este amor à sabedoria deveria ser o conhecimento que move o mundo! Porque é dela que deveria nascer tudo e todos! Karnal, o prazer é todo meu, obrigada!  Só por hoje, Fátima!

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