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Olhares Cotidianos

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Colunista

Já desistiu das promessas de Ano Novo?

Leia a coluna desta quinta-feira (09)

Sátina Pimenta | 09/01/2025, 14:01 h | Atualizado em 09/01/2025, 14:01

Imagem ilustrativa da imagem Já desistiu das promessas de Ano Novo?
Sátina Pimenta é psicóloga clínica, advogada e professora universitária |  Foto: - Divulgação

Conforme a plataforma Strava, que monitora atividades físicas, existe um “Quit Day”, no bom português “Dia de Desistir”, e ele está chegando! Segundo essa análise, a maioria de nós, no dia 19 de janeiro, já terá abandonado as resoluções de Ano Novo.

“Nossa, Sátina, superanimador!”. Eu estou avisando para que você não seja essa pessoa.

Vamos lá, tem como a gente se organizar para fugir dessa data ou, pelo menos, se acolher caso ela aconteça.

Primeiro passo: quero lembrar que todos os dias da nossa vida temos a oportunidade de começar algo. Parece frase motivacional de coaching, mas é verdade. Sou uma grande crítica desse negócio de datas específicas para começarmos ou acabarmos algo (já escrevi isso aqui).

Então, se o seu “Quit Day” chegou, dê boa noite para ele quando for se deitar e inicie novos planos ao raiar do sol.

Não tem dia certo para fazer nada… tem o dia! Lembrei de uma amiga que, neste final de semana, falou que “do nada” o filho dela de 4 anos começou a ler.

A Ju estava superempolgada contando isso (somos mães bobas sim!). Chegamos à conclusão de que foi naquele momento que o Teteu escolheu que queria ler ou mostrar para todo mundo que sabia ler.

Pronto… as noites estão sendo animadas lendo livrinhos com a mamãe.

Então, amores, se uma criança de 4 anos decide o dia dela, nós, adultos, também podemos decidir o nosso.  A questão é a decisão, porque talvez você não queira realmente, ou não queira da forma que primeiro se dispôs. Aí entra o autoconhecimento. Sem ele, você acredita que as resoluções são mesmo resolutas, mas, na verdade, são problemas.

Vou te dar um exemplo: a academia, que eu finjo que vou, abre às 5h da manhã. Falei para mim que tinha que ser ela, pois não tenho tempo na minha agenda depois das 7h. Fui três dias… não aguentei. Por quê? Porque eu vou dormir todos os dias depois da meia-noite e ter 4h30 de sono não dá! Pronto, desisti. Porque não prestei atenção nas minhas limitações.

Aqui entra a compaixão. O psicólogo Paul Gilbert, estudioso da psicologia da compaixão, defende que acolher nossas dores e limitações com bondade nos ajuda a criar um espaço interno de aprendizado e mudança.

Se nos acolhermos em nossas realidades, nos perdoarmos por não conseguirmos fazer daquele jeito ou naquele tempo, abriremos portas para traçar novas rotas. Depois disso, testamos, testamos e testamos até acharmos o nosso jeitinho de ser e viver no mundo.

Tenho uma paciente maravilhosa que, após anos buscando cuidar do corpo e desistindo das formas escolhidas, se encontrou na natação na praia.

Então é isso… dia 19 de janeiro pode ser qualquer dia. Você pode desistir da resolução x ou y, só não pode desistir de você mesmo! 

Olhe para dentro, abrace a si e, se conhecendo, escolha a forma que for melhor para alcançar seus objetivos. Já desistiu das promessas de Ano Novo?

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