Restrição alimentar gera compulsão?
Atualmente, a prática de dietas restritivas e jejuns prolongados tornou-se algo comum para aqueles que desejam, principalmente, emagrecer ou alcançar uma imagem corporal “perfeita”. Porém, diversos estudos indicam a ineficácia da realização dessas metodologias, visto que podem gerar diversos danos psicológicos como, depressão, ansiedade, nervosismo e irritabilidade, ganho de peso, fraqueza, diminuição do metabolismo basal e, possivelmente, desenvolvimento de transtornos alimentares como compulsão alimentar.
De forma específica, a compulsão alimentar é uma doença psiquiátrica, que muitas vezes é banalizada e que se caracteriza por episódios de ingestão de alimentos em quantidades maiores do que o esperado em um espaço curto de tempo, acompanhados de uma sensação de falta de controle.
Então vem a pergunta: Restrição alimentar pode gerar compulsão? Sim! Essa premissa pode ser explicada pela grande quantidade de compensações alimentares que são feitas, já que restrições calóricas são normalmente seguidas por compulsões que acabam cancelando as restrições iniciais e, consequentemente, o objetivo do emagrecimento.
De forma sucinta, as dietas restritivas trazem diversas consequências para o organismo, além de não serem sustentáveis a longo prazo. Lembre-se sempre: Ela não é a melhor estratégia para se manter o emagrecimento, uma vez que não muda o comportamento alimentar do indivíduo.
Estudos comprovam que os resultados de perda de peso através da restrição calórica costumam ser eficazes por apenas dois anos. É comum que o indivíduo retorne ao peso inicial em um período de 3-5 anos após a realização da restrição. Onde cabe ressaltar que o efeito sanfona possui enorme importância clínica visto que diversos estudos em humanos sugerem um aumento do risco de morbidades (como doenças cardiovasculares) e mortalidade, que podem ser associados às flutuações de peso ao longo da vida.
Não esqueça: “Nem toda dieta resulta em transtorno alimentar, mas quase todo transtorno alimentar começa com uma dieta”. Na dúvida, procure um profissional Nutricionista.
Referência:
COMER EMOCIONAL: UMA ANÁLISE ATRAVÉS DE UMA VISÃO COMPORTAMENTAL. UNICEUB – EDUCAÇÃO SUPERIOR, 2020.