Perigo do alimento com mofo
Artigo da coluna NutriDicas, do Jornal A Tribuna
Uma fatia de pão de forma, que fica muito tempo guardado, pode levar à formação de um bolor com uma cor verde característica, típico de alimento mofado, e que pode contaminar todo o restante do pacote com micotoxinas. Você sabia disso?
As micotoxinas são substâncias liberadas por fungos, e que não conseguimos visualizar a olho nu, mas que podem causar a tão conhecida síndrome fúngica. Ou seja, não consuma nenhum alimento (amendoim, pasta de amendoim, frutas, legumes, dentre outros) que já começou a mofar.
Mesmo que você retire a parte “embolorada”, o que sobra também está contaminado por fungos e por suas micotoxinas. E fungos fazem mal à saúde: as suas toxinas, dentro do nosso corpo, podem desencadear um quadro de disbiose intestinal em que os fungos no nosso organismo estão em quantidade maior do que o normal.
Sinais como o aparecimento de doenças autoimunes, a exemplo de tireoidite de Hashimoto, psoríase, artrite reumatoide, lúpus, fibromialgia, enxaqueca, micoses, infecção urinária, queda de cabelo, cansaço crônico e constante, necessidade exagerada por doce, corrimento vaginal (candidíase), ansiedade, língua esbranquiçada, hipoglicemia, distúrbios intestinais e excesso de gases são um sinal de alerta de que você precisa cuidar da sua alimentação e tratar uma possível síndrome fúngica instalada.
Para evitar que isso aconteça, siga as dicas da Nutri:
– Mantenha uma alimentação de qualidade, rica em fibras (brócolis, couve, couve-flor, repolho, acelga) e nutrientes (biomassa de banana verde, o psyllium, chia) e que mantenha a sua saúde intestinal.
– Evite na alimentação o consumo de açúcar e álcool.
– Reforce a hidratação.
– Mastigue bem os alimentos.
– Use probióticos de acordo com as orientações da sua nutricionista.
– Insira na sua rotina alimentar fitoterápicos com ação antifúngica: alho, cebola, chá de frutas vermelhas, óleo de coco, própolis, orégano, chá-verde, alecrim, cranberry, pólen, chá de unha de gato, equinácea, gengibre, cravo da índia, boldo e alcachofra.
– Suplementos como NAC, selênio, silimarina, astragalus, glutamina, probióticos, entre outros, podem ser utilizados.
–Além disso, só use medicações com prescrição médica, pois de forma indevida eles também podem contribuir para a disbiose.
E lembre-se: alimento estragado, descarte-o por completo. Para evitar o desperdício e o descarte de alimentos mofados, faça lista de compras e calcule melhor as quantidades antes de ir às compras.
Armazene-os da maneira correta e, se mesmo assim, achar que vai sobrar comida na geladeira, faça um pré-preparo e congele.
Por fim, o mais importante, que é a consulta com um nutricionista. Esse profissional vai ajudar a diagnosticar de maneira correta a síndrome fúngica e a estabelecer um plano alimentar adequado para as suas necessidades.
Com pequenas mudanças, mantemos o organismo saudável e a síndrome fúngica bem longe.