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Nutridicas, por Gabriela Rebello

Nutridicas, por Gabriela Rebello

Colunista

O fim de um ciclo ou o início de uma nova potência feminina?

Tudo o que você precisa saber para uma alimentação saudável no dia a dia

Gabriela Rebello, Colunista A Tribuna | 17/10/2025, 12:18 h | Atualizado em 17/10/2025, 12:18

Imagem ilustrativa da imagem O fim de um ciclo ou o início de uma nova potência feminina?
Gabriela Rebello é nutricionista. |  Foto: Divulgação

Você sabia que cerca de 1,2 bilhão de mulheres no mundo estarão na menopausa até 2030? E que, no Brasil, a média de idade para a última menstruação é de 48 anos? Apesar de ser uma fase natural da vida, o assunto ainda é cercado de tabus, medo e silêncio. Mas e se, em vez de enxergá-la como o “fim da fertilidade”, começássemos a vê-la como o início de uma nova potência feminina?

A menopausa marca o encerramento da fase reprodutiva, mas está longe de significar perda de vitalidade. É um processo fisiológico, não uma doença. Nessa etapa, os ovários diminuem a produção de estrogênio e progesterona, hormônios fundamentais para a regulação do ciclo menstrual, do metabolismo e até do humor.

Essa queda hormonal explica sintomas como ondas de calor, irritabilidade, insônia, ressecamento vaginal, ganho de peso, ansiedade e redução da libido. Mas cada corpo é único — e a intensidade dos sintomas depende de genética, estilo de vida e alimentação.

A boa notícia é que há muito o que fazer para atravessar essa fase com leveza. Uma alimentação equilibrada pode ser uma verdadeira aliada.

Alimentos ricos em fitoestrógenos, como soja, linhaça e grão-de-bico, ajudam a equilibrar os efeitos da queda hormonal. O consumo regular de frutas, vegetais, cereais integrais e gorduras boas, aliado à redução de ultraprocessados e açúcares, melhora a energia, o sono e o humor.

E o intestino, sempre ele, também tem papel central — já que boa parte da metabolização dos hormônios e neurotransmissores depende de um microbioma saudável.

Além da alimentação, a fitoterapia e a suplementação vêm ganhando destaque na abordagem nutricional da menopausa. Extratos de Cimicifuga racemosa, Trifolium pratense (trevo vermelho), magnésio, vitamina D, ômega-3 e probióticos são exemplos de recursos que podem aliviar sintomas, proteger ossos e modular inflamações — sempre com orientação profissional. Cuidar da saúde nessa fase é um gesto de autocuidado e amor-próprio, e não de vaidade.

Mas tão importante quanto o corpo é a mente. Práticas como meditação, yoga, caminhadas e terapia ajudam a equilibrar emoções e reduzir o estresse, tornando o processo mais leve.

Afinal, a menopausa também é um convite à reconexão: com o corpo, com o prazer e com a própria história.

É hora de quebrar o silêncio. Falar sobre menopausa é libertar-se do estigma. A família tem papel essencial nesse acolhimento — compreender, apoiar e valorizar a mulher nesse momento é fundamental. A menopausa não é o fim da feminilidade, mas o início de uma fase madura, consciente e cheia de novas possibilidades.

A menopausa não é um ponto final. É uma vírgula — uma pausa necessária para redescobrir o ritmo, o corpo e o poder de ser mulher. Que tal celebrar esse novo ciclo com o respeito, o acolhimento e o protagonismo que ele merece?

18 de outubro – Dia Mundial da Menopausa: um novo começo para a saúde feminina.

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