Dia mundial do cérebro
Coluna foi publicada nesta sexta-feira (19)
Pode não parecer, mas a nutrição e a saúde do cérebro são duas situações que estão bem relacionadas. O fato é que ambas exercem grande efeito uma sobre a outra e precisam estar equilibradas para garantir o bem-estar como um todo. O cérebro é um órgão vital, existem cerca de 10 bilhões de conexões entre neurônios, que nos ajudam a ler, escrever, observar, aprender, planejar, pensar, sentir, movimentar-nos e resolver problemas diariamente.
O único órgão no corpo humano que não pode ser substituído. Com a chegada do 22 de julho, data que marca o Dia Mundial do Cérebro, pegue papel e caneta e anote aí o que não pode faltar na sua rotina:
Pare de fumar. O tabagismo atinge o sistema nervoso, causando danos às artérias cerebrais e lesionando o sistema de irrigação.
Combata o sedentarismo. Além de inundar o cérebro com os chamados hormônios da felicidade e bem-estar, colocar o corpo em movimento faz com que ele passe também por adaptações neurais.
Dependendo das atividades realizadas, existe um aumento do número de sinapses entre os neurônios (as células do sistema nervoso), ou seja: é quando um neurônio manda uma mensagem (conversa) com o neurônio vizinho. Esse processo estabelece uma comunicação entre duas ou mais células nervosas, uma adaptação importante para o bom funcionamento do cérebro.
Fortalecimento cognitivo. Essa função está relacionada à memória e atenção. Um bom treinamento é ampliar sempre os estudos e incorporar novos aprendizados e atividades à rotina. À medida que o sistema nervoso é estimulado, novas redes e conexões são criadas e outras fortalecidas, o que implementa o cérebro para enfrentar distúrbios de memória relacionados à idade ou a doenças neurodegenerativas, principalmente o Alzheimer.
Adote uma dieta saudável. Um cardápio variado e rico em todos os tipos de nutrientes reduz o risco de doenças causadas por deficiências nutricionais.
Pensando nesse contexto, a nutrição comportamental está a cada dia que passa mais presente na forma de atender o paciente/cliente na rotina do consultório do nutricionista. O principal objetivo da alimentação consciente é mudar a sua relação com a comida.
Não se trata de uma “dieta”, na verdade, é basicamente o contrário! A ideia é valorizar a forma com a qual nos alimentamos e não supervalorizar os alimentos. Respeitar os sinais de fome e saciedade, entender o porquê da escolha de cada alimento e a diferença entre fome fisiológica e emocional. Essa prática auxilia na mudança de hábito visto que o processo de reeducação alimentar fica mais possível.
É importante ressaltar que, mesmo com todos os esforços de prevenção, algumas pessoas ainda podem desenvolver doenças neurodegenerativas. Nesses casos, é essencial contar com um suporte médico adequado e manter o seu check up em dia. Mas e você, tem dado a devida atenção a saúde do seu cérebro?