Alimentação e o Dia Mundial de Conscientização do Autismo
Hoje, 2 de Abril, é o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, e claro que não podemos deixar essa data especial passar em branco, afinal o número de crianças diagnosticadas com o Transtorno do Aspecto Autista (TEA) vem crescendo em todo o mundo.
E cada vez se faz mais necessário falar sobre o assunto, e cabe ressaltar que autismo e alimentação andam de mãos dadas.
Comece o cuidado ainda na gestação. Estudos comprovam que mamães que suplementam vitaminas pré-natais em toda a gestão apresentam menor risco para filhos com diagnósticos de autismo.
Outro fator importante a ser observado é em relação ao que comemos e aos produtos que entramos em contato diariamente. Vasilhas plásticas que guardamos os nossos alimentos, desodorante e produtos de maquiagem, por exemplo, em sua grande maioria, apresentam bisfenol A (BPA) em sua composição.
Durante a gestação em específico, o contato continuo com essa substância pode estar associado a maior risco para filhos com diagnósticos de autismo, visto que o BPA consegue circular livremente através da placenta, chegando até o bebê.
Agora, se seu filho possui o diagnóstico de TEA, muitas dúvidas podem surgir, e inclusive sobre a alimentação. Nutri, o que meu filho pode ou não pode comer? Nutri, meu filho não come!
Calma! Primeiro precisamos entender que é preciso considerar essa criança como um ser humano em sua individualidade, assim como qualquer outra pessoa, quando vale ressaltar que a alimentação formará a base da sua vida e saúde.
Sei que um dos grandes desafios enfrentados pelos pais é sobre a seletividade alimentar, em que vale ressaltar que quando a criança não se alimenta de forma equilibrada e não garante todos os seus nutrientes, a tendência é que seu desenvolvimento fique prejudicado e os sintomas do autismo sejam agravados.
Devemos nos atentar, no entanto, que mais do que a rejeição a sabores, esses pacientes contam com forte resistência a novas texturas dos alimentos. Se liga nas dicas da Nutri para vencer essa barreira:
- De início eu recomendo que jamais force. Realize a exposição a novos alimentos de forma gentil e gradual. Com paciência e persistência, o paciente com autismo acaba aceitando novos alimentos.
- Mostre os alimentos para a criança fora da mesa, e sem a obrigatoriedade de comer.
- Faça preparações diferentes com o mesmo alimento.
- Desassocie o alimento da embalagem. Comece abrindo a embalagem e guardando em outro recipiente, e não se esqueça de pedir ajuda da criança nesse processo.
- Na hora da refeição, afaste os aparelhos eletrônicos e lembre-se, os pais são os maiores exemplos.
E não se esqueça, o profissional Nutricionista, especializado em materno-infantil é o profissional capacitado para cuidar da alimentação do seu pequeno (a), de forma personalizada e individualizada, até porque o seu filho (a) é único, inclusive, sob o ponto de vista nutricional!